A Audiência Pública "Estratégias dos atores sociais frente à regulamentação da Terceirização" realizada na Assembleia Legislativa de SP nesta segunda-feira, 08/12, reuniu representantes de Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, outras centrais sindicais, sindicatos, incluindo o Sindicato dos Bancários de Santos e Região, acadêmicos e setores do judiciário trabalhista para debater a terceirização e os projetos do grande capital e governos que visam reduzir custos destruindo direitos trabalhistas. O encontro foi articulado pelo Fórum dos Trabalhadores Ameaçados Pela Terceirização, do qual nossa central faz parte.
A Intersindical teve importante participação, com delegações de diversas categorias e sindicatos filiados.
As diversas entidades trataram das consequências nocivas que sofreremos com a aprovação do PL 4330 (ou do PLS 87 no Senado) ou mesmo da Repercussão Geral que o STF pode dar a julgamentos de ação sobre terceirização.
O combate à terceirização é uma prioridade da nossa central pelo que ela representa. Entre outras razões, os trabalhadores terceirizados recebem salários e direitos muito inferiores, são submetidos a jornadas de trabalho maiores, além de serem as maiores vítimas de acidentes de trabalho, de rotatividade e de trabalho análogo a escravo.
Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora alertou para a importância de defender os direitos daqueles/as que já se encontram terceirizados, lutando para garantir os mesmos direitos que os demais trabalhadores, além de impedir a generalização da terceirização como mecanismo de contratação da força de trabalho no Brasil.
Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, lembrou o seminário nacional que realizamos em outubro, em Santos, que foi fundamental para armar nossa intervenção na luta contra a terceirização e nossa participação recente em encontro no Chile para debater o tema.
A companheira Nilza Pereira, dirigente do Sindicato dos Químicos Unificados e da nossa central, tratou dos diversos efeitos da terceirização em sua categoria afetando, inclusive, a identidade de classe dos trabalhadores.
Alexandre Caso, dirigente da Federação dos Bancários, falou da importância do Fórum que unifica a entidades e chamou a todos a ganhar as ruas no próximo período para impedir que esse congresso conservador destrua os direitos trabalhistas.
José Reis, também dirigente dos Químicos Unificados lembrou que a Súmula 331 permitiu que milhões de trabalhadores fossem terceirizados e que não podemos permitir que este quadro torne-se ainda pior com o julgamento da Repercussão Geral no STF.
Fonte: Intersindical