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Bancários dos bancos privados, BB e Caixa encerram a greve

7 de outubro de 2016

Depois da maior greve nacional unificada da história (31 dias), os bancários de bancos privados, em assembleia dia 6 de outubro, no Sindicato dos Bancários de Santos e Região, aprovaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos – Fenaban – de reajuste salarial de 8%, abono de R$ 3.500,00, + 15% no vale alimentação e 10% no vale refeição. Portanto voltarão a trabalhar nesta sexta-feira, 7/10.

 

Bancários do BB rejeitam a proposta, mas seguem maioria da categoria

Os funcionários do Banco do Brasil rejeitaram a proposta, porém, seguiram a decisão da maioria das assembleias (em nível nacional) e todos voltarão ao trabalho nesta sexta-feira, dia 7/10.

 

Empregados da Caixa rejeitam a proposta, mas seguem maioria da categoria

Os empregados da Caixa Econômica Federal rejeitaram a proposta mas, da mesma forma que os bancários do Banco do Brasil, seguiram a decisão da maioria das assembleias (em nível nacional) e todos retornarão ao trabalho nesta sexta-feira, dia 7/10.

 

Breve histórico de resistência

A greve começou dia 6/9 porque os bancários rejeitaram a proposta inicial da Fenaban de 6,5% e abono de R$ 3mil, índice rebaixado, que não chegava nem perto da inflação medida pelo INPC de 9,62%. Depois vieram com a proposta de R$ 7% e abono de R$ 3.300,00, também rejeitado. Em outra negociação aumentam somente o abono em míseros R$ 200,00 demonstrando desprezo pelas negociações com, proposta rejeitada na mesa.

Até chegarem com a proposta de 7% e abono de R$ 3.500,00 e travarem as negociações como forma de pressão, mas os bancários não se intimidaram e disseram não em todas as mesas, pois foram quatro rodadas convocadas pela Fenaban sem avanços, para desmobilizar o movimento. Nesse momento, a greve começa a ficar mais forte chegando ao 30º dia de greve (5/10).

A Fenaban, diante da resistência da categoria, solicitou mais uma rodada (a 10ª) e propõe 8%, mais abono de R$ 3.500,00, além de reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento (até então era de 0,5%) em 2017, para os salários e todas as verbas, propondo acordo por dois anos.

 

Dias parados sem compensação

Entretanto os banqueiros não abriam mão da compensação (pelos bancários) dos dias parados sem data limite. O Comando Nacional também endureceu na mesa e garantiu o abono total dos dias parados, sem qualquer tipo de compensação para a categoria. A negociação, que havia começado atrasada às 18h, só terminou na madrugada de quinta-feira, 6.

 

Intransigência e conjuntura difícil de retirada de direitos!

É bom destacar que a intransigência e desrespeito aos bancários nessa Campanha Salarial é resultado do endurecimento do governo Temer, que impõe uma política de arrocho fiscal e precarização do trabalho, com a retirada de direitos. Os bancos utilizaram de todos os artifícios possíveis para acabar com a greve, pressionaram os bancários, ameaçaram com demissão, interdito, assédio moral e tiveram apoio da OAB/SP que solicitou liminar contra a greve dos trabalhadores. Ao invés de repudiar o descaso com a população dos banqueiros, que faturaram 70 bilhões de reais (2015) e cobram em torno de 15,5% de juros mensais no cheque especial do cidadão em tempo de crise.

Na atual conjuntura, quando o governo oferece 0% aos petroleiros, está articulando para retirar direitos dos funcionários públicos e dos trabalhadores em geral, terceirizar os bancários, ampliar jornada de trabalho, extinguir a CLT, aumentar a idade de aposentadoria; nossa proposta não é a ideal, mas foi o que pudemos arrancar dos bancos apoiados por Temer, com greve dura e cansativa! Todos estão de parabéns!

 

Reforço dos comissionados do BB foi um marco desta greve

Um grande marco desta greve histórica foi a luta de todos e a incorporação e adesão de mais de 100 comissionados do Banco do Brasil, no 28º dia de greve, que juntaram-se aos caixas e escriturários do banco, no movimento desde o início. “Com a ajuda dos colegas o movimento na Baixada Santista paralisou novas agências ampliando para 95% de unidades fechadas em Santos e 80% nas demais cidades (de Bertioga a Peruíbe) da base territorial”, esclarece Eneida Koury, presidente do Sindicato.

 

Desconto assistencial é uma necessidade na luta dos bancários

Não se oponha ao desconto assistencial, ele fortalece a luta por salários maiores. O desconto assistencial, aprovado na assembleia dia 6/10, é uma contribuição necessária para fortalecer a luta dos bancários e bancárias por maiores salários, benefícios, cobrir as despesas da participação da categoria na organização da Campanha Salarial e seus gastos específicos, que todo ano são muito altos para garantir a paralisação de 178 agências do total de 228 em nossa região. Este ano enfrentamos a maior greve do novo milênio, a segunda da história do Sindicato e da categoria, que durou 31 dias e com muito empenho e luta conseguiu paralisar 95% das agências em Santos, 80% nas demais cidades da base territorial do nosso sindicato. Tudo isto tem um gasto! O desconto assistencial passa também pela importância de construir uma entidade cada vez mais forte, que salde os gastos com a manutenção do complexo esportivo, jornais, faixas, cartazes, editais, adesivos, transporte e todos os materiais utilizados para fazer uma Campanha que pressione e conquiste índices, PLRs e pisos maiores todos os anos. Imagine caso não tivesse luta o reajuste seria 0%.

O Sindicato precisa de fôlego para defender os direitos dos bancários. Além disso, este ano construímos uma nova cobertura no poliesportivo. A categoria também é coberta por atendimento da secretaria, novo jurídico (com muitos advogados), odontológico, saúde e previdência do trabalho. O desconto assistencial é cobrado por todos os sindicatos do Brasil para sustentar a luta dos trabalhadores. O desconto foi aprovado democraticamente em assembleia pela categoria. Portanto, o desconto de 2% uma única vez ao ano. Não é muito individualmente, mas para a luta coletiva é MUITO NECESSÁRIO!

Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita

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