Quatro assaltos, com as mesmas características, em seis meses no litoral sul de S. Paulo e nada foi feito para assegurar a vida dos bancários, apesar do sindicato da categoria exigir mais segurança
A agência do Santander da cidade de Peruíbe foi assaltada, dia 22/07, os criminosos ficaram por mais de duas horas intimidando os funcionários e os fazendo de reféns. Esta é a quarta agência do Santander, no litoral sul da Baixada Santista, assaltada com os mesmo requintes, ou seja, os criminosos sabiam onde os funcionários residiam, o cotidiano de seus familiares, além de possuir suas fotos.
“São crimes bem calculados. Eles devem saber sobre falhas na segurança do banco e mesmo assim o Santander não faz nada para garantir a segurança dos trabalhadores”, diz Fabiano Couto, secretario de comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Santander.
Os outros três assaltos aconteceram em Praia Grande (agências Praia Grande, Costa e Silva e Prefeitura de Praia Grande) e em nenhum deles o banco preencheu o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) para os funcionários como exige o Sindicato. “Os bancários foram submetidos a pressão e ameaça de morte, inclusive de seus familiares, com certeza isso deve ter abalado a saúde mental deles. Apesar de uma profissional formada em psicologia do banco dizer que isso é normal, que outros colegas já passaram por situações piores”, indigna-se Fabiano.
O Sindicato vem desde fevereiro deste ano exigindo dos representantes da Regional Litoral Sul do Santander (mês dos dois primeiros assaltos em Praia Grande) para que fosse revisto o sistema de segurança dos funcionários no banco e a assinatura da CAT, para resguardar os trabalhadores adoecidos psicologicamente, depois do trauma no ambiente de trabalho. O representante da Regional respondeu que não assinaria o Comunicado e que não existe problema de segurança.
Os diretores do Sindicato, Vanessa (funcionária do Santander e secretaria de saúde) e Messias, foram hoje, 23/07, fechar a unidade por falta de condições de trabalho do funcionalismo. A secretaria de saúde da entidade vai entrar em contato com os funcionários e dar andamento no preenchimento da CAT.
Fonte: Gustavo Mesquita – Imprensa SEEB Santos e Região