Encontros nacionais dos bancos privados aconteceram nesta quinta, 9/6
Representantes dos bancários do Itaú, Santander e Bradesco definiram nesta quinta-feira, 9/6, suas pautas de reivindicações para a Campanha Nacional da categoria. Os debates aconteceram durante os encontros nacionais específicos de cada banco, em formato híbrido (presencial e remoto).
Os resultados das discussões serão levados para a 24ª Conferência Nacional dos Bancários, que acontece entre hoje (10 de junho) e domingo (12 de junho). Após a definição da pauta nacionalmente, sindicatos da categoria realizarão assembleias em todo o país para aprová-la. Em seguida, a minuta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o início das negociações da Campanha Nacional dos Bancários.
O objetivo é negociar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) específicos dos bancos públicos, uma vez que eles têm vigência até o dia 31 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Itaú
No encontro do Itaú, os trabalhadores abordaram os temas emprego, remuneração, saúde, previdência complementar, diversidade, segurança bancária, condições de trabalho e teletrabalho.
Os trabalhadores elaboraram uma pauta que engloba a necessidade de mais contratações, um programa justo de remuneração e mais segurança para funcionários e clientes, entre outras questões que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e departamentos do banco.
Bradesco
Teletrabalho, remuneração, segurança, saúde, previdência complementar, condições de trabalho, emprego e auxílio educação pautaram o encontro dos bancários e bancárias do Bradesco. Indo além das questões específicas, o evento também debateu as necessidades de defesa da democracia e reconstrução do Brasil, pontos que afetam toda a sociedade.
Durante apresentação do Dieese, foi mostrado que o Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do Banco Central (BC). O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020.
Os representantes dos bancários trataram ainda da transformação de agências em unidades de negócio. Uma preocupação é sobre a insegurança nesses locais, que funcionam sem controles de segurança adequados, como uso de portas giratórias ou vigilantes.
Santander
Na avaliação dos bancários do Santander, o banco espanhol tem sido o que mais tem tomado medidas que prejudicam a categoria e que mais resiste em negociar com os trabalhadores, em relação aos outros bancos. Terceirizações para reduzir direitos e salários, demissões e o acordo aditivo específico dos funcionários do Santander estiverem entre os tópicos trabalhados no encontro.
Analisando a atual conjuntura do banco, os trabalhadores reforçaram que ele pode atender todas as reivindicações e garantir uma participação justa nos resultados e nas cláusulas sociais, reconhecendo a imensa contribuição dos brasileiros no lucro do Santander. Só no 1º trimestre deste ano o banco lucrou no Brasil R$ 4 bilhões. O valor representa crescimento de 1,3% comparado ao primeiro trimestre do ano passado.
Fonte: Comunicação Seeb Santos e Região com informações da Contraf