Reunidos em assembleia na noite desta quarta-feira, 12, na sede do Sindicato, mais de 100 bancários de Santos e Região decidiram entrar em greve por tempo indeterminado à partir da próxima terça-feira, dia 18. Na próxima segunda-feira, 17, acontece uma nova assembleia para organização da greve. Será às 19h00, na Avenida Washington Luiz, 140 – Santos.
A paralisação é uma orientação do Comando Nacional dos Bancários em resposta à posição da Fenaban que, na negociação do dia 4 de setembro, não cumpriu o acordo de apresentar nova proposta aos trabalhadores. Os bancários consideraram insatisfatório o índice de reajuste salarial proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – apenas 6% – e também querem avanços na negociação das demais pautas.
Segundo o Presidente do Sindicato, Ricardo “BIG” Saraiva, ficou evidenciado nas negociações o “descaso” dos banqueiros para com as reivindicações da categoria.
“Os bancos têm apresentado lucros cada vez maiores, obtidos a partir do trabalho de seus funcionários, mas sequer aceitam negociar as reivindicações da categoria. Isso é um desrespeito. Agindo dessa maneira, os bancos não nos deram outra opção além da greve”, afirma o representante da Intersindical no Comando Nacional, Carlos Pereira de Araújo (Carlão).
Além da questão econômica (os bancários querem reajuste salarial de 10,25%), os bancos também não aceitam avançar em outras reivindicações, como o fim das demissões imotivadas. “Mesmo com lucros altíssimos, bancos como o Itaú estão demitindo trabalhadores em todo o país”, lembra Carlão. Outras reivindicações são contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas de trabalho, fim da terceirização, fim das metas e do assédio moral, mais segurança para funcionários e clientes, entre outras.
Nos bancos públicos, a intransigência patronal também é evidente. Em três rodadas de negociação, a Caixa não aceitou reivindicações importantes dos empregados. A isonomia de direitos entre os bancários admitidos antes e após 1998 é uma das nossas bandeiras nesta Campanha Salarial.
No Banco do Brasil, a situação não é diferente. A estratégia dos bancos federais é aguardar a negociação com a Fenaban para tratar das pautas específicas.
Fonte: com informações SEEB ES