Os bancos perderam mais uma grande oportunidade para retomar as negociações e apresentar nova proposta aos bancários, ignorando a presença do Comando Nacional em São Paulo durante toda esta sexta-feira. Essa intransigência aumenta a indignação da categoria e vai intensificar a greve nacional na próxima semana.
A greve nacional se alastra a cada dia. Nesta sexta-feira, quarto dia do movimento, 9.092 agências e centros administrativos foram fechados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço do movimento sindical a partir das informações passadas até as 18h pelos 123 sindicatos e dez federações que integram o Comando Nacional.
Na terça-feira 18, primeiro dia da paralisação, 5.132 agências haviam sido fechadas, saltando para 7.324 no segundo dia e 8.527 nesta quinta. Já no quarto dia de paralisação no ano passado, 7.865 agências haviam sido fechadas.
Na reunião desta sexta, o Comando Nacional avaliou que o crescimento da greve é consistente em todo o país, principalmente nos bancos privados, e orientou os sindicatos a intensificarem a mobilização em todas as bases, de forma a forçar a Fenaban a romper o silencio e retomar as negociações.
A federação dos bancos apresentou a primeira e única proposta, com 6% de reajuste, no dia 28 de agosto. No dia 5 de setembro, os trabalhadores enviaram carta à Fenaban para reafirmar que estavam abertos à retomada das negociações e reivindicavam a apresentação de uma nova proposta, mas até hoje não obteviram resposta.
Os bancos erraram ao apostarem no fracasso da paralisação. A resposta dos trabalhadores está aí, com uma greve ainda mais forte que nos anos anteriores.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25%.
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.
Fonte: Contraf