Ambulância não foi autorizada a transportar trabalhador a um hospital porque não havia nenhum médico no local que opera 365 dias por ano, 24 horas por dia; Movimento Sindical reivindica há anos presença permanente de socorrista.
Um funcionário do Itaú morreu após sofrer um infarto no Centro Tecnológico. O ataque cardíaco ocorreu logo após o bancário do setor Compensação bater o ponto, por volta das 7h30 da segunda-feira 15. Naquele horário não havia nenhum médico de plantão, e por essa razão a ambulância do centro administrativo não foi autorizada a transportar o trabalhador até um hospital.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado e levou quase uma hora para chegar.
O trabalhador foi levado ao Hospital do Servidor Público ao invés de ser deslocado até o Bandeirantes – mais próximo e local de destino dos funcionários do CT que precisam de atendimento. Ele faleceu logo após dar entrada no hospital.
É inadmissível ter de depender do Samu, sendo que existe uma ambulância dentro do CT que não pôde ser utilizada porque não havia médico de plantão.
Mais de 7,5 mil pessoas entre bancários e terceirizados trabalham no Centro Tecnológico, que opera 365 dias por ano, 24 horas por dia. Mas o local só dispõe de médico de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. E além disso, o centro administrativo não possui socorrista, que é o profissional adequado para atender casos de urgência médica.
Reivindicação antiga
A presença permanente de um médico socorrista é reivindicação histórica do Sindicato dos Bancários de SP e dos cipeiros apoiados pela entidade.
O Itaú, uma empresa que propaga a imagem de sustentabilidade e alega ‘mudar o mundo’, sempre se negou a atender uma demanda que seria aplicada para o bem-estar dos seus empregados, mesmo lucrando bilhões todos os anos graças ao esforço dos trabalhadores.
Após a fatalidade, o movimento sindical mais uma vez entrou em contato com o Itaú para cobrar a presença permanente de um médico no CT. Não existe razão para o banco continuar se negando a atender essa reivindicação. Em situações como essas, alguns minutos fazem toda a diferença entre a vida e a morte.
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Fonte: SEEB SP