Detalhes deste acordo serão definidos nos próximos dias; dados preliminares do Censo da Diversidade Bancária mostram que desigualdade permanece
A categoria bancária obteve uma importante conquista. As mulheres vítimas de violência terão um canal exclusivo de atendimento. A reivindicação foi do Comando Nacional e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) aceitou criar. A negociação sobre o assunto aconteceu nesta quarta-feira (19/02).
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Esse canal será essencial. Existem muitas bancárias que são demitidas por ter baixa produtividade, nas suspeitas avaliações dos bancos. Essas trabalhadoras sofrem violência em casa e não têm como buscar apoio.
Agora, os bancos devem construir uma proposta e enviar para o Comando Nacional dos Bancários até a semana que vem, para que seja avaliada. Em caso de concordância com todos os termos, será assinado um acordo ainda no mês de março, com data indicativa para o dia 11.
Censo da Diversidade
Durante a negociação da última quarta-feira (19/02), a Fenaban apresentou dados preliminares do 3º Censo da Diversidade Bancária que indicam uma grande desigualdade no setor.
Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, a diferença da remuneração nos bancos entre homens e mulheres em 1994 era de 21,1%. Em 2018, mantinha-se o mesmo patamar, tendo aumentado para 21,7%. Os dados definitivos do Censo da Diversidade Bancária devem ser apresentados até o final de março.
Fonte: Contraf & SEEB Bahia