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Bancada feminina cresce, mas ocupam menos de 18% das cadeiras na Câmara

4 de outubro de 2022

Deputadas eleitas são 91, antes eram 77; Erika Hilton e Duda Salabert são as primeiras trans no Congresso

 

 

A representatividade feminina na Câmara dos Deputados vai aumentar na próxima legislatura, mas ainda seguirá longe do equilíbrio entre homens e mulheres existente na população. De 77 cadeiras na atual composição, passarão a ser 91 as ocupadas por mulheres. Ou seja: cerca de 17,7% do total de 513 parlamentares eleitos para a Câmara.

 

A própria Câmara, ao noticiar o crescimento da bancada feminina, afirma que há uma sub-representação, e destaca que a média de participação de mulheres em parlamentos pelo mundo é de 26,4%. O levantamento é da União Interparlamentar (UIP), que destaca que o Brasil ocupa o 146º lugar entre 193 países analisados. Países como Cuba (com 53,4% de deputadas) e México (50%) tiveram desempenhos bem melhores.

 

Em oito estados, mulheres vindas dos mais diferentes campos políticos foram os nomes mais mais votados para a Câmara dos Deputados: Bia Kicis (PL-DF), Caroline de Toni (PL-SC), Detinha (PL-MA), Dra Alessandra Haber (MDB-PA), Natália Bonavides (PT-RN), Socorro Neri (PP-AC), Silvye Alves (União-GO) e Yandra de André (União-SE).

 

Donos das maiores bancadas eleitas, o PL e a Federação Brasil da Esperança (encabeçada pelo PT) têm, também, o maior número de mulheres eleitas: 17 pelo PL e 21 pela federação de esquerda. Destaque também para o PSD, que passou de uma para quatro deputadas.

 

Primeiras deputadas trans

As deputadas federais eleitas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) fizeram história ao se tornarem as primeiras trans eleitas para a Câmara. Elas exerciam mandatos de vereadoras nas capitais de seus estados e agora partirão para Brasília.

 

Incentivos são insuficientes

Na busca por ampliar a representação feminina, a legislação eleitoral tem uma série de incentivos. Porém, na prática, os números de deputadas eleitas mostram que eles são insuficientes.

 

Entre as medidas estão a obrigação de cada partido indicar pelo menos 30% de candidatas mulheres. Além disso, o mesmo percentual mínimo (30%) deve ser dedicado a elas na dedicação de recursos do fundo eleitoral e do tempo de TV. Muitas vezes, porém, são lançadas “candidaturas-laranja”, ou seja, de fachada, para garantir o cumprimento das regras. 

Crédito: Cleia Viana/Câmara dos Depitados
Fonte: Rede Brasil Atual – edição Rodrigo Durão Coelho  

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