Brasileiros sofrem com falta de responsabilidade do governo diante da pandemia sem auxílio emergencial, sem perspectiva de trabalho e a informalidade trabalhista. Com isso dívidas acumulam-se e fome e mortes se alastram pelo País
Sem auxílio emergencial, sem perspectiva de trabalho, crise sanitária e dívidas. Este é o retrato da situação do Pais que, junto às constantes altas nos preços de alimentos, tarifas e combustíveis, devasta os primeiros meses do ano.
No conjunto das famílias, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que a quantidade de lares com dívidas no Brasil registrou novo aumento em fevereiro, chegando a 66,7% do total no País.
O dado não traz novidades, mas corresponde a uma alta de 0,2 ponto percentual em relação a janeiro de 2021 e de 1,6 ponto em comparação com fevereiro de 2020. Por se tratar do terceiro aumento seguido, o endividamento alcançou a maior proporção desde outubro de 2020, diz a CNC.
“O agravamento da crise sanitária e a demora da vacinação ainda vão desafiar a economia do País, principalmente neste primeiro trimestre. Ao mesmo tempo em que as condições de crédito podem funcionar para a recomposição de renda, o impacto da crise no mercado de trabalho deve impor maior rigor às famílias na hora de consumir”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Desocupados, subocupados e desalentados
Não foi apenas o número de desempregados que subiu. Na mesma esfera, subiram os índices de trabalhadores subocupados, desocupados e desalentados.
O que é desocupado?
De acordo com o IBGE, subocupados são trabalhadores e trabalhadoras que tem 14 anos ou mais, que não obtiveram renda na semana em que a pesquisa foi feita, que buscaram empregos nos 30 dias anteriores e que estão disponíveis para um emprego.
Qual a definicão de subocupado?
Já os subocupados são as pessoas com 14 anos ou mais, que trabalham menos de 40 horas semanais em um ou mais trabalhos. Porém, essas pessoas gostariam de trabalhar mais horas e que estão disponíveis para tanto próximos 30 dias.
Quem são os desalentados?
Desalentados são as trabahadoras e trabalhadores que não trabalham, gostariam de ter um emprego, porém já desistiram de procurar por não acreditarem que conseguirão uma vaga.
Desalento, desocupação, subocupação e desemprego na pandemia
Segundo Chernavsky, o cenário do ano passado promete se prolongar em 2021. Portanto, o economista defende que seja prorrogado o auxílio emergencial o quanto antes, e em um valor superior ao anunciado por Bolsonaro.
“Apesar dessa piora no mercado de trabalho e da segunda onda da pandemia mostrando que a situação crítica vai se prolongar, o governo Bolsonaro ainda não enviou ao Congresso proposta de um novo auxílio emergencial para este ano, e ainda acena em suas declarações com um auxílio de valor menor e para um número menor de beneficiários”, reflete o economista.
Nesse sentido, o Chernavsky alerta: “Se essa intenção se confirmar, a fome e o desespero devem continuar a atingir milhões de famílias no país em 2021”.
Fonte: Reconta Aí com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região