Capitaneados pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região, diversos sindicatos ligados a Intersindical e a centrais sindicais, além de movimentos sociais, Partido Socialismo e Liberdade – Psol e PSTU, formaram o “Comitê de Luta pela Saúde do Trabalhador”. Um dos primeiros atos foi a realização de manifestação, quinta-feira, 18, em frente ao INSS, Av. Epitácio Pessoa, 437, na Aparecida, em Santos, contra os ataques dos governos municipais, estadual e federal a saúde do trabalhador e o sucateamento dos hospitais e serviços públicos de saúde, mantidos pelo SUS, com o objetivo de privatizá-los.
“Enquanto trabalhamos diariamente para sobreviver e pagamos muitos impostos, os governos Federal, estaduais e municipais estão promovendo grandes ataques contra a saúde da população trabalhadora. Entre esses ataques estão a Alta Programada e a Privatização do Sistema Publico de Saúde, o SUS”, explica Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Alta Programada
O governo federal implantou no INSS um sistema conhecido como “Alta Programada”. Por meio deste mecanismo, quando o trabalhador consegue obter o auxílio-doença, também recebe um prazo para retornar ao trabalho, independente de estar curado.
Quando este prazo se encerra, a alta é automática e o pagamento do auxílio-doença é suspenso. Para continuar afastado o segurado tem que passar por outra perícia, correndo o risco de ficar sem salário e ser demitido.
As perícias estão com prazos de mais de 30 dias e, para piorar, nos casos em que a cessação do benefício é mantida pelo perito do INSS, nem o órgão segurador nem o empregador assumem o pagamento, e quem sofre é o trabalhador e sua família.
Privatização SUS e corrupção nos governos
O Sistema Único de Saúde-SUS, custeado pelos impostos que pagamos, está sendo entregue para empresas que só tem como meta desviar dinheiro público, encher seus cofres e aumentar o caixa dois para servir a corrupção eleitoral.
Para disfarçar o esquema de privatização em andamento, essas empresas se apresentam com nomes bonitos tais como Organizações Sociais – OS, Fundações e Organizações Sociais de Interesse Publico – OSIP.
O que os governos e seus novos sócios não confessam é que esses “sócios” triplicam o custo dos serviços de saúde e que, alem disso, seus gerentes não prestam contas para a população do dinheiro que embolsam.
Aqui em nossa região estão abocanhando grandes unidades de saúde, tudo orquestrado pelo governo do estado e pelos prefeitos. O resultado previsível desse processo é grandes lucros para empresários, gordas propinas para políticos e destruição da saúde pública utilizada pela população.
Fonte: Gustavo Mesquita