Todo funcionário doente ou lesionado deve procurar um médico e respeitar o atestado; cenário no qual pessoas trabalham sem condições clínicas é sujeito a denúncia e inspeção do Ministério Público do Trabalho.
São recorrentes os casos de trabalhadores da Torre, como é conhecida a sede do Santander Brasil, que insistem em trabalhar com braços ou pernas engessados, imobilizados, ou até com muletas. Todo trabalhador doente ou lesionado deve procurar um médico.
Trabalhar nessas condições, só com recomendações claras e acompanhamento médico. O atestado médico deve dizer claramente em quais condições o funcionário deve reassumir suas funções, se existe restrição de horário, de atividade e de ambiente.
Essa realidade na qual pessoas trabalham sem condições clínicas é sujeita a denúncia e inspeção do Ministério Público do Trabalho. Os bancários devem acionar o órgão ou o Sindicato. O sigilo é garantido.
O exercício da função laboral, dependendo da doença ou lesão, pode levar ao agravamento da condição clínica e deixar sequelas irreversíveis no médio e longo prazo.
Se o acidente ocorreu durante o horário de trabalho e no exercício da função, o banco é obrigado a emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). O documento serve para reconhecer tanto um acidente de trabalho como uma doença ocupacional. Garante respaldo legal para o trabalhador e possíveis indenizações e responsabilização do banco.
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Caso o banco se recuse a emitir a CAT, o trabalhador deve procurar o Sindicato, que encaminhará o pedido para CRST Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (CRST). Mediante avaliação, o órgão fará a emissão da CAT, que também é importante para perícia no INSS e possíveis afastamentos.
Os gestores podem e devem ser os intermediários entre o banco e o trabalhador nas orientações e fiscalizações caso o trabalhador tenha atestado para trabalhar lesionado. O atestado é uma garantia para o banco e para o trabalhador.
A carga de trabalho, a pressão por metas e a falta de funcionários induzem o trabalhador a ignorar a própria condição física ou psicológica para dar resultado e ser útil. O discurso da meritocracia leva os trabalhadores a condições desumanas de trabalho. E as consequências são drásticas. O trabalhador não deve se submeter a esse tratamento e o banco tem que respeitar o atestado médico.
Direção do Santander negligencia saúde dos Bancários
Além da pressão por metas que adoecem um grande número de funcionários, o banco ainda cobra coparticipação para atendimentos nos ambulatórios dos seus centros administrativos.
O serviço que antes era gratuito agora é administrado pelo Hospital Sírio Libanês. O banco também alterou de forma unilateral o convênio médico, que agora oferece uma rede credenciada inferior ao anterior, cobra valor alto de coparticipação, o que dificulta e encarece os tratamentos de saúde para o trabalhador.
# Em caso de demissão, antes de homologar, procure imediatamente o Sindicato
Os desrespeitos com a saúde dos trabalhadores não param por aí. A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) agora é feita online.
A Sipat é um ótimo espaço para o banco trabalhar esses assuntos internamente. Além disso, o Santander pode, durante o ano todo, trabalhar em campanhas de prevenção de acidentes e de orientação para pessoas já acidentadas. No longo prazo, o retorno para o banco poderá ser positivo, reduzindo a quantidade de pessoas afastadas e inclusive o número de ações trabalhistas por indenização.
Denuncie!
Para denunciar ao Ministério Público do Trabalho, clique aqui ou compareça a uma Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
>> Cadastre-se no whatsapp do Sindicato: clique aqui (pelo celular) e informe banco onde trabalha e seu nome.
Fonte: SEEB SP