Debate não avançou em reunião realizada com a Caixa Beneficente no último dia 6.
Mesmo com a persistência das associações em encontrar soluções, a Cabesp e o Santander parecem não se importar com os problemas dos usuários do plano de saúde. Em mais uma reunião sobre o tema no dia 6 de fevereiro, a Afubesp cobrou novamente da Caixa Beneficente que os aposentados que optaram arcar com 100% do custeio tenham as mesmas condições dos demais associados. No entanto, em resposta, os representantes receberam somente evasivas. Em novembro do ano passado, o banco havia se comprometido a tentar achar uma solução para esse problema.
A mudança de status de associado para beneficiário atingiu essas pessoas em cheio porque, com isso, elas não têm a prerrogativa de votar em assembleia (não recebem nem ao menos carta de convocação), têm restrição na movimentação de dependentes, além de outros tratamentos desiguais. Isso ocorre por conta da forma de custeio que os usuários escolheram ao se aposentar: ou o banco não pagava a multa de 40% e seguia se responsabilizando pela metade do pagamento da Cabesp, ou o associado recebia o valor da multa, mas passaria a pagar todo o plano de saúde.
Não se justifica distinguir quem optou pelo custeio total, pois a única diferença é quem tem de arcar com a despesa. E, por entender que os direitos entre os usuários que cumprem com as responsabilidades precisam estar em pé de igualdade, a Afubesp tem reivindicado nas reuniões que o banco e a Cabesp voltem a tratar os usuários da mesma forma de antes. “Foi o próprio banco que criou essa situação, e vamos buscar de todas as formas que ela seja corrigida”, afirma o presidente da associação Camilo Fernandes. Agora as associações vão discutir estratégias para levar na próxima reunião, ainda sem data.
Desinformação
Alguns associados só decidiram pelo modo de custeio, ao se aposentar, depois de perguntarem à própria Cabesp o que iria alterar, a resposta foi que a única alteração seria arcar com 100% do custeio e que a condição de associado estava garantida – o que com o tempo se comprovou o contrário. Eles procuraram a associação e existem e-mails e relatos que comprovam essas consultas à Cabesp.
Hoje, são aproximadamente 800 pessoas que enfrentam a situação e, para o diretor da Afubesp Wagner Cabanal, não adianta em nada para a discussão que cada presidente que passe pela Cabesp tenha uma avaliação diferente do anterior. “O passado não pode ser apagado. A cada troca de diretoria, o posicionamento muda. Isso não traz nenhuma estabilidade para o usuário”, afirma o dirigente.
# Afubesp: Santander quer, mas não vai calar a nossa voz
Fonte: Afubesp