Hackers atacaram na manhã da última quinta-feira 2, o site do banco HSBC. Às 11h15, a página principal do site estava fora do ar – e assim permanece até às 12h27. O site internacional também foi atacado por volta das 12h.
A ação faz parte de uma série de ataques comandada por um grupo identificado no Twitter como @AntiSecBrTeam. Os sites do Itaú, do Bradesco e do Banco do Brasil já foram atacados nesta semana.
Em todos os casos, as páginas foram apenas derrubadas. Não houve invasão ou roubo de dados. “Não somos crackers (hackers que cometem crimes), não usamos nosso conhecimento para roubar dinheiro. Em nossos ataques deixamos apenas o site inacessível”, disse ao Estado um hacker que assina como Bile Day.
O HSBC informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que o site www.hsbc.com.br está apresentando um volume de acessos acima do esperado – o mesmo ocorrido com os outros bancos. A instituição trabalha neste momento para normalizar o serviço e esclarece aos clientes que há outros canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos e Phone Centre.
Ações desse tipo, em geral, ocorrem pelo método da distribuição de ataque por negação do serviço (DDoS, na sigla em inglês): bombardeia-se uma página com milhões de acesso simultâneos até que ela fique extremamente lenta e inacessível. Isso pode ser feito por meio de inúmeros computadores infectados, que poderiam ser programados para acessar um site ao mesmo tempo, ou pela invasão em grandes servidores, explica o professor da Escola Politécnica da USP Marcelo Zuffo.
Os ataques, como anunciado pelos hackers no Twitter, fazem parte da #OpWeeksPayment – intitulada assim por esta ser a semana em que os salários são pagos. O objetivo é afetar a população, “que é muito acomodada”, disse o hacker Bile Day ao Estado. O @AntiSecBrTeam se diz parte do movimento Anonymous, grupo hacker internacional que invadiu, em 2011, sites como o do FBI e da CIA e que, neste ano, invadiu o site da Sony em protesto contra o fechamento do site Megaupload.
“Nós nos posicionamos contra corrupção, desigualdade e etc.”, disse o hacker por e-mail.
Fonte: O Estado de S. Paulo