Agência Nacional de Energia Elétrica propôs acréscimo nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. É aquele ditado: “Não há nada tão ruim que não possa ficar pior”, neste governo
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugeriu nesta terça-feira, 12, aumentar em até 57% os valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. Esse percentual é uma taxa extra cobrada nas contas de luz a partir do momento que a geração de energia elétrica está mais cara no país, principalmente por causa da falta de chuvas e o acionamento de usinas térmicas.
Pela proposta apresentada nesta terça, o valor proposto para a bandeira amarela sairia de R$ 1,874 para R$ 2,927 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês, enquanto o da bandeira tarifária vermelha patamar 1 passaria de R$ 3,971 para R$ 6,237 a cada 100 kWh. No caso da bandeira vermelha patamar 2, o valor na proposta da teria redução de 1,70%, de R$ 9,492 para R$ 9,33 a cada 100 kWh.
Segundo a agência, contribuíram para a variação dos adicionais de bandeira tarifária amarela e vermelha 1, entre outros, os dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021, o custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2021 com aumento de 10,06%.
Em relação à bandeira vermelha 2, uma pequena redução em comparação com o valor de 2021 se deve ao retorno da ANEEL à metodologia tradicional, na qual esse adicional cobre 95% dos eventos históricos conhecidos (e não 100% como no segundo semestre de 2021).
Para isso, a Aneel aprovou a abertura de uma consulta pública. As pessoas poderão avaliar a proposta da agência e enviar sugestões a partir de quinta-feira, 14, até o dia 4 de maio. Segundo a agência, espera-se que os novos valores, após análise das contribuições da consulta pública, sejam aplicados a partir de junho.
Segundo a proposta da Aneel, a bandeira verde, assim como em anos anteriores, não terá custo para o consumidor e servirá para sinalizar condições favoráveis de geração de energia.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, um estudo apresentado à Aneel pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) aponta que a previsão de que esta seja a bandeira vigente até dezembro é superior a 97%. “Durante o atual período úmido, estamos tendo muitas chuvas e os reservatórios estão sendo abastecidos”, explicou o diretor.
A consulta pública estará disponível para contribuições pelo e-mail cp012_2022@aneel.gov.br. Os documentos relacionados poderão ser acessados na página da Aneel, no espaço da Consulta Pública nº 012/2022.
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Jornal O Dia do RJ com edição da Comunicação do SEEB de santos e Região