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América Latina na expectativa

11 de janeiro de 2013

Bruna Menezes

Chávez ganhou com uma vantagem de 10%, as eleições para governadores, no dia 16 de dezembro, em que o chavismo ganhou em 20 dos 23 estados e, recentemente, no último dia 5 de janeiro, as eleições para a mesa diretora da Assembleia Nacional na qual a oposição não conquistou sequer um cargo  

Dez de janeiro (em espanhol 10 de enero, 10E) é a data estipulada pelo artigo 231 da constituição venezuelana para que Hugo Chávez Frias, presidente reeleito da Venezuela, tome posse na Assembleia Nacional. Desde o dia 11 de dezembro de 2012, o presidente venezuelano encontra-se hospitalizado em Cuba após uma cirurgia contra um câncer com o qual luta desde 2011. Muitas especulações sobre a saúde do líder da revolução Bolivariana foram feitas nessas últimas semanas e, é com expectativa que a América Latina, e porque não dizer o mundo, acompanha os recentes acontecimentos no país caribenho.

A oposição, que entre seus membros conta com vários participantes do golpe de Estado de 2002, agora clama aos quatro cantos que deve-se respeitar a Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Dizem que se Chávez não toma posse no próximo dia 10, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, deve assumir para então convocar novas eleições presidenciais como prevê a Carta Magna do país. Mas, o mesmo artigo 231 diz que em uma situação excepcional, Chávez poderia fazer a cerimônia diante do Tribunal Superior de Justiça, em uma data a ser definida.

Artigo 231

“El candidato elegido o candidata elegida tomará posesión del cargo de Presidente o Presidenta de la República el diez de enero del primer año de su período constitucional, mediante juramento ante la Asamblea Nacional. Si por cualquier motivo sobrevenido el Presidente o Presidenta de la República no pudiese tomar posesión ante la Asamblea Nacional, lo hará ante el Tribunal Supremo de Justicia”.

Agora, essa oposição que acaba de passar pela sua terceira derrota em menos de três meses – nas eleições presidenciais de 7 de outubro, quando Chávez ganhou com uma vantagem de 10%, as eleições para governadores, no dia 16 de dezembro, em que o chavismo ganhou em 20 dos 23 estados e, recentemente, no último dia 5 de janeiro, as eleições para a mesa diretora da Assembleia Nacional na qual a oposição não conquistou sequer um cargo – convoca uma greve geral para o dia 10 de janeiro, uma prática já conhecida pelos venezuelanos que viram o país enfrentar uma das maiores crises financeiras com o greve petroleira de dezembro de 2002.

Uma vez mais os chavistas prometem ir às ruas em defesa desse governo que garantiu diversas conquistas para o povo mais pobre da Venezuela. Assim, como no dia 13 de abril de 2002, ou no dia 7 de outubro de 2012, eles prometem no dia 10 de janeiro de 2013 deixar as ruas de Caracas rojas, rojistas (vermelhas).

E nós, latino-americanos, anti-neoliberais, socialistas, estaremos acompanhando com expectativa as movimentações neste país que transformou o povo em protagonista da sua história.

Fonte: Bruna Menezes – Jornalista – teleSUR

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