Nesta sexta-feira, dia 01/10/2010, desde às 6h as duas maiores unidades do Bradesco no litoral paulista, que ficam em Santos, e mais 10 agências do mesmo banco em várias cidades foram paralisadas pelos bancários organizados pela diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos. Na unidade do centro de Santos, onde fica a gerência regional até os vigilantes foram impedidos de entrar. As unidades dos outros bancos privados e públicos existentes nas cidades da região da base do Sindicato de Santos (de Bertioga a Peruíbe) também foram paralisadas.
Com isso, a greve que já vinha crescendo nos dois primeiros dias atingiu 95% de adesão da categoria bancária de Santos e região. O que significa que quase a totalidade das 250 agências e postos de atendimento foram paralisados e mais de 3.400 bancários cruzaram os braços de um total de 3.800 na Baixada Santista. A diretoria do Sindicato aproveita para convocar todos os bancários da base para intensificar a GREVE na segunda-feira, dia 04 de outubro.
“Vamos endurecer ainda mais na próxima semana até que os banqueiros parem de nos insultar com a proposta miserável de 4,% e ofereçam uma proposta de reajuste salarial de acordo com os lucros gigantescos que a categoria ganhou para eles”, ressalta Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Apesar da adesão maciça, a diretoria do Sindicato tomou o cuidado de deixar aberta uma agência de cada banco pagador de benefícios somente para atender os aposentados e não criar transtornos aos idosos ou não idosos que recebem nestes primeiros cinco dias úteis.
Segundo o Dieese, os bancos que atuam no Brasil tiveram lucro líquido de R$ 27 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
A greve nacional abrange todos os 26 Estados e no Distrito Federal. Os banqueiros oferecem míseros 4,29% de reajuste (que apenas repõe a inflação) contra as reivindicações dos bancários de 11% de reajuste, valorização dos pisos, PLR maior, combate ao assédio moral, fim das metas, proteção ao emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
Texto: Gustavo Mesquita
Assessor de Imprensa do Sindicato Bancários de Santos