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Acordo dos bancários teve 15 rodadas e 120 mil nas assembleias

9 de setembro de 2020

A CCT assinada dia 4/9 é válida por dois anos, até 31 de agosto de 2022. Mas nem mesmo o ato de assinatura, em um hotel de São Paulo, foi tranquilo: redação diferente do negociado em alguns itens prolongaram o encontro até às 22h, encerrando, enfim, uma jornada que consumiu 44 dias e 15 rodadas de negociação

No único momento presencial da campanha, representantes de bancários e banqueiros assinaram, na última sexta-feira (4), o acordo coletivo da categoria, incluindo aditivos com os bancos públicos. O documento é válido por dois anos, até 31 de agosto de 2022. Mas nem mesmo o ato de assinatura, em um hotel de São Paulo, foi tranquilo: redação diferente do negociado em alguns itens prolongaram o encontro até as 22h, encerrando, enfim, uma jornada que consumiu 44 dias e 15 rodadas de negociação.

 

As conversas madrugada adentro já são características das campanhas dos bancários. Mas foi uma campanha atípica pelo seu formato. Devido à pandemia, tudo foi virtual, desde a conferência que aprovou a pauta de reivindicações, ainda em julho. Mas o desafio também mostrou possibilidades e pode ter apontado caminhos para as próximas negociações coletivas.

 

Um dado a se ressaltar é o da presença de trabalhadores nas assembleias virtuais. Em torno de 120 mil participaram das assembleias finais, que avaliaram e aprovaram a proposta para a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A pesquisa para preparação da pauta e prioridades foi respondida por 30 mil bancários. Até então, a maior parte das respostas era no papel.

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Participação superou resistência

“A inovação de assembleias virtuais, por conta da pandemia, atraiu milhares de bancários, pelo Brasil afora e, neste momento, os banqueiros tiveram que recuar em sua proposta de reajuste zero e retirada de direitos na mesa de negociação. Eles utilizam métodos para saber da insatisfação dos funcionários e avaliam. Os bancos vieram dispostos a não dar reajuste e retirar alguma coisa (direitos)”, opina Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

 

No início das negociações, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propunha retirar direitos do acordo coletivo. Além de mexer nas regras para cálculo da participação nos lucros ou resultados (PLR). Talvez apostando em uma “desmobilização” devido à pandemia.

 

O acordo fechado – que envolve mais de 450 mil bancários – prevê, neste ano, reajuste de 1,5% e abono no valor de R$ 2 mil. Para 2021, reajuste com base na inflação acumulada e aumento real de 0,5%. Itens como vales alimentação e refeição também tiveram e terão aumento.

 

Ano atípico muito ruim para negociar

 

Este foi um ano de negociação incessante. Começou, a rigor, desde a decretação da pandemia, seis meses atrás, em 12 de março. Discussões sobre condições de trabalho e saúde e segurança para funcionários e clientes. Cobrança por parte do movimento sindical de medidas como compra coletiva de álcool em gel e máscaras, anterior da obrigatoriedade. E a economia em queda livree o desemprego eram barreiras utilizadas pelos banqueiros. A tentativa de privatizar os bancos públicos e retirar direitos conquistados também foi um entrave nas mesas de negociação do BB e Caixa.

 

Acordo dos bancários injeta R$ 8 bi na economia

Outro item de destaque é o do home office, que continuará sendo discutido individualmente. O Santander, por exemplo, achava que o bancário devia devolver alguma coisa. O Comando Nacional dos Bancários demonstrou nas negociações que os bancos estão economizando e os bancários aumentaram seus gastos, era um absurdo devolver parte do salário. Mas o setor segue se negando a discutir cláusulas de garantia de emprego.

 

“As conquistas do trabalhador bancário serão ótimas. elas injetam dinheiro na economia combalida do Brasil. Apenas em quatro itens: PLR, reajuste, abono e benefícios representam 8 bilhões a mais na economia. Só com o abono de R$ 2 mil, são mais de R$ 900 milhões”, finaliza Big.

Crédito: fabiano Couto
Fonte: Rede Brasil Atual com Comunicação SEEB de Santos e Região

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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