Em sintonia com política do governo Temer, bancos querem reduzir custo do trabalho no acordo com bancários. Greve continua! Comando Nacional da categoria rejeitou proposta na mesa e permanece de plantão.
A greve dos bancários continua. Os bancos apresentaram ao Comando Nacional da categoria, nessa quarta-feira, a proposta completa de dois anos: manutenção do reajuste de 7% para 2016, com abono de R$ 3.500 – reforçando que não vão repor a inflação este ano. Para 2017 o aumento seria de 0,5% acima da inflação. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação pelo Comando já que, além de insistir no reajuste rebaixado em 2016, não trazia qualquer avanço na manutenção dos empregos, reivindicações de saúde e condições de trabalho. Para VA, VR e auxílio-creche o reajuste também seria de 7%, abaixo da inflação, quando esses itens subiram em média 14%. O Comando informou à Fenaban que manterá um plantão.
A mudança de modelo foi sugerida na nona rodada de negociação da Campanha Salarial 2016, realizada na terça-feira 27, e encerrada nesta quarta-feira, 23º dia de greve da categoria.
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Os bancos perderam a oportunidade de resolver a greve. Conforme dissemos ao final da reunião de terça-feira, quando a Fenaban anunciou a proposta de mudança de modelo, só poderíamos analisar se trouxesse ganhos para os trabalhadores. Como a proposta detalhada nessa quarta ainda impõe perdas aos bancários, o Comando rejeitou e a greve continua.
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Greve continua
A paralisação nacional está chegando a 24 dias nesta quinta-feira. Em sintonia com a política de ataque aos direitos dos trabalhadores pelo governo Temer, os bancos querem impor perdas, dar um golpe no reajuste dos bancários. Querem jogar o custo do ajuste fiscal para os trabalhadores das empresas públicas, que a classe trabalhadora pague o pato. Só com ainda mais mobilização vamos forçar os bancos a mudar essa proposta. A culpa da greve é dos bancos! Os bancários reforçaram a disposição de negociar, mas os bancos novamente demonstraram seu desrespeito, tanto em relação aos seus funcionários e clientes, e toda a sociedade.
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Fonte: SEEB SP