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28 de agosto: O Dia do Bancário deve ser de reflexão para mobilização

27 de agosto de 2019

A luta não para! Desde 1933 a categoria luta para melhorar o ambiente de trabalho e vida digna. Chegamos numa trágica encruzilhada de retirada de direitos, pelo governo e os banqueiros. O que exige união para defender nossas conquistas. Lute com seu sindicato, não marque bobeira!

Nada foi conseguido de graça desde 1933, quando nasce o Sindicato dos Bancários de Santos e Região para organizar a categoria bancária por emprego, melhores salários, condições dignas de trabalho, saúde e segurança.

 

Todos os direitos que os bancários acumularam até aqui foram obtidos com muita luta. Banqueiro nunca deu nada a ninguém, nem nunca dará. Nada, absolutamente nada, caiu do céu. Sempre foi preciso arrancar de suas mãos aquilo que hoje está no acordo coletivo dos trabalhadores.

 

“Para os bancários mais jovens é importante explicar que tudo conquistado até hoje é o resultado de batalhas incansáveis, nossa luta permanente. Banqueiro não concede plano de saúde, aumento salarial, tickets, jornada de 6 horas, trabalho de 2ª a 6ª, pelo contrário, com Temer e o atual governo conseguiram retirar muitos direitos. Trabalho aos sábados está liberado. A terceirização com diminuição de salários é outra realidade. Acúmulo de funções, assédio, metas e falta de segurança ameaçam a todos”, explica Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

São incontáveis as afrontas às nossas condições dignas de vida, dificultaram e quase exterminaram até a aposentadoria. Diante disso, o papel da categoria e do movimento sindical é estar permanentemente em guarda, prontos para respondermos aos constantes ataques aos nossos direitos.

 

Em 2018 fechamos um acordo por dois anos que somente cessa em 31 de agosto de 2020. Com isto vamos ter uma recomposição salarial acima da inflação, o que outras categorias não vão ter. O governo Bolsonaro ofereceu aos petroleiros reajuste abaixo da inflação de 70% do INPC, um dos índices que mede a inflação do período, ou seja, 100% ainda seria o índice apenas da inflação.

 

“No caso dos bancários o reajuste será de 100% do INPC mais 1%. Tudo conquistado pelo movimento sindical. Não trabalhar aos sábados está no acordo assinado e garantido até agosto de 2020. Mas pelo visto teremos que lutar e nos mobilizar para defender o nosso acordo já que mudaram a Lei que nos protegia”, diz Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da intersindical Central da Classe Trabalhadora.

 

Leia as principais conquistas dos bancários

PLR, vale-alimentação, auxílio-creche, licença-maternidade de seis meses, jornada de seis horas, reajustes acima da inflação de 21,8% desde 2004, descanso aos sábados. Tudo isso não são “benefícios” que os bancos concedem aos seus empregados. São direitos conquistados com a luta e a organização desde 1923, quando nasce a categoria bancária. Confira algumas das conquistas que você tem direito graças ao seu Sindicato

 

1933 – Conquista da jornada de seis horas de trabalho;

 

1934 – Primeira greve geral da categoria, com conquista da estabilidade a partir dos dois anos de trabalho e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), extinto em 1967, durante a ditadura militar;

 

1957 – Garantia de recebimento de horas extras e da aposentadoria por tempo de serviço;

 

1961 – A “Greve da Dignidade” conquista o Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros garantiram o 13º salário;

 

1962 – Fim do trabalho aos sábados; agora retirado e aprovado pelo Congresso pela Medida Provisória 881 do Governo Bolsonaro;

 

1981 – Conquista do auxílio-creche;

 

1982 – Unificação da data base de toda a categoria em 1º de setembro;

 

1985 – Formação do primeiro Comando Nacional e deflagração da primeira greve nacional da história da categoria após o regime militar. Empregados da Caixa são reconhecidos como bancários e conquistam a jornada de seis horas e o direito à sindicalização;

 

1990 – Conquistado o vale-refeição;

 

1991 – Unificação nacional dos pisos salariais;

 

1992 – Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho válida para todo o país;

 

1994 – Conquista do vale-alimentação;

 

1995 – Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em Convenção Coletiva de Trabalho;

 

1997 – Luta conquista a complementação salarial para bancários afastados por doença ou acidentes e a verba de requalificação profissional na demissão;

 

2000 – Inclusão na CCT da cláusula sobre igualdade de oportunidades;

 

2003 – Primeira campanha salarial unificada da categoria bancária com a inclusão dos bancários do BB e da Caixa. Após greve, trabalhadores dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados;

 

2004 – Conquista, com a greve de 30 dias, de aumento acima da inflação, o que se repetiu por 12 anos seguidos;

 

2006 – Pela primeira vez, BB e Caixa assinam a Convenção Coletiva de Trabalho com os demais bancos. Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral;

 

2007 – Conquista da 13ª cesta-alimentação e do valor adicional à Participação nos Lucros e Resultados;

 

2009 – Licença-maternidade de 180 dias. Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional. Extensão de direitos aos casais homoafetivos;

 

2010 – Instrumento de combate ao assédio moral e a valorização do piso salarial. Na segurança ficou assegurado: a obrigatoriedade do registro de BO, a divulgação de estatística semestral do setor, a garantia de transferência do bancário de agência em caso de sequestro e atendimento psicológico no pós-assalto;

 

2011 – Valorização do piso salarial e da PLR. Proibição da publicação do ranking de performance no cumprimento de metas, usado para pressionar e assediar os trabalhadores. Na segurança, ficou proibido o transporte de valores por bancários;

 

2012 – Afastados por problemas de saúde, que ficam sem o salário e sem o benefício do INSS enquanto aguardam perícia ou devido à alta programada, passam a ter sua remuneração mantida. Conquista do segundo Censo da Diversidade (o primeiro foi realizado em 2008) com o objetivo de averiguar as condições de mulheres, negros e PCDs nas empresas. Os dados foram colhidos e divulgados em 2014;

 

2013 – Sindicato conquista o abono-assiduidade, que garante o direito a folgar um dia durante o ano. O combate ao assédio moral é ampliado com a proibição de envio de mensagens aos celulares dos funcionários para a cobrança de metas. Foi conquistada a não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados por doença ocupacional;

 

2014 – Aumento acima da inflação para os salários; bancos passam a custear exames de CPA-10 e CPA-20 exigidos pelas instituições financeiras, se o bancário for aprovado. Mulheres que forem demitidas e engravidarem durante o aviso prévio proporcional serão readmitidas. Cláusula específica para combater as metas abusivas;

 

2015 – Mais um ano consecutivo de aumento salarial acima da inflação, além de reajuste ainda maior para vales refeição, alimentação e 13ª cesta. Combate ao assédio moral e às metas abusivas segue com a conquista de uma nova cláusula que trata de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento;

 

2016 – Pela primeira vez, os bancários fecharam acordo válido por dois anos, que se mostrou extremamente importante diante da aprovação da reforma trabalhista, que acabou com a validade dos acordos coletivos até sua renovação. Em 2017, a proposta garantiu 1% de aumento real para os salários e nas demais verbas. Todos os direitos foram garantidos;

 

2018 e 2019 – Mesmo em conjuntura adversa resultante da reforma trabalhista, a categoria bancária, organizada em seus sindicatos, conseguiu fechar um acordo de dois anos que manteve todos os direitos da CCT e ainda conquistou reajuste de 5% sobre salários e demais verbas (como PLR, VA e VR) – com aumento real de 1,31% em 2018 – e garantia de 1% de aumento real em 1º de setembro deste ano.

Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita

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