Construir atos classistas em todos os estados
Em 2011 completam 125 anos da histórica greve dos trabalhadores de Chicago pela jornada de 8 horas de trabalho. Tanto tempo depois, no Brasil, a classe trabalhadora continua submetida à intensificação do trabalho, com longas jornadas, baixos salários e péssimas condições de trabalho, com ampliação do adoecimento e acidentes de trabalho.
A manutenção de uma política econômica orientada a rentabilizar o capital, através do serviço da dívida pública, e um conjunto de medidas adotadas pelo governo Dilma, como o corte no orçamento e o anúncio de uma nova reforma da previdência, colocam para a classe trabalhadora, os setores populares e a esquerda, o desafio de ampliar as lutas em defesa dos direitos previdenciários e trabalhistas e de políticas públicas universais para acabar com as desigualdades sociais.
O debate em torno do valor do salário mínimo é exemplar do atual modelo. O governo argumentou não ter recursos para elevar o valor para além de R$ 545, e deve gastar em torno de R$ 1 bi com esse reajuste. Já com o aumento dos juros básicos, o governo vai gastar cerca de R$ 17 bi.
Emprego, moradia, reforma agrária, garantia e ampliação dos direitos, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho, bem como o combate à criminalização dos movimentos e lutadores sociais, são questões que devem estar no centro das atividades deste 1º de Maio.
Na Europa e no norte da África, sobretudo, grandes mobilizações chacoalham os interesses do capital e do imperialismo. Nas diversas regiões do mundo, os trabalhadores e a juventude sairão às ruas para protestar contra o capitalismo e exigir que a classe não arque com os custos da crise do capital!
No Brasil, temos de nos solidarizar com os povos que lutam por sua autodeterminação e reafirmar nossa luta por uma realidade justa e igualitária, uma sociedade socialista.
Fonte: Edson Carneiro – Índio