Há 24 anos no Brasil, o dia 1º de dezembro vem se tornando um marco na área da saúde pública. Tradicionalmente conhecido como o Dia Mundial de Prevenção contra a Aids, a data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) faz referência a gravidade da doença.
Descoberto em 1979 pelo instituto Pasteur, na França, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) baixa a imunidade do indivíduo, possibilitando que a pessoa contraia uma série de doenças. Por essa razão, o infectado precisa passar por acompanhamento médico, nutricional e psicológico para o tratamento da doença, que não tem cura.
Na UFOP é realizado um terço dos atendimentos dos infectados da cidade de Ouro Preto. As sessões de atendimento são as quartas-feiras, de 8h às 10h, no Ambulatório do Centro de Saúde. Entre as atividades estão palestras de conscientização, testes de HIV e grupos de discussões.
Prevenção
Segundo a professora de infectologia, Carolina Coimbra Marinho, existem maneiras de prevenir o contágio, como a prática do sexo seguro com o uso de preservativo em 100% das ocasiões, inclusive no sexo oral. Outra recomendação é o não compartilhamento de objetos pessoais perfurantes, como alicates de unha e lâminas de barbear.
“Hoje não existe a cura para a doença, mas o tratamento é extremamente eficaz. Quando o paciente que adere totalmente o tratamento, assume o auto-cuidado, o estilo de vida disciplinado e saudável, não se expondo a novas infecções, ele tende a ter uma vida longa e com qualidade”, destaca Carolina sobre o tratamento atual da doença.
Exame
Atualmente, estima-se que 530 mil brasileiros vivam com HIV e destes, 135 mil desconheçam sua situação. Cerca de 30% dos pacientes chegam aos serviços de saúde tardiamente. Por isso a importância de fazer o exame. Ele é seguro, sigiloso e acessível na rede pública.
Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual (heterossexual ou homossexual), ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.
Estima-se que 1,8 milhões de pessoas morreram em 2010 devido à doença.
Deve-se lembrar que a Aids não se transmite pelo ar, uso comum de talheres, copos, sanitários e nem mesmo por meio de beijos.
Diga não ao preconceito
O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos.
É importante saber que a Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.
Fonte: Contraf