Defendida por Paulo Guedes, a capitalização foi adotada no Chile pelo ditador Augusto Pinochet, em 1981. O resultado foi desastroso. Idosos com aposentadorias muito abaixo do salário mínimo. Sem contar nos casos em que o trabalhador nem consegue se aposentar
Engana-se quem pensa que a capitalização é página virada. O item foi retirado do texto da reforma da Previdência aprovado na Câmara Federal, e que está no Senado. Mas, o modelo volta assombrar e pode voltar em breve ao Congresso Nacional.
De acordo com especialistas, a capitalização deve ser incluída em um pacote de maldades assim que o governo, economistas e a grande imprensa começarem a propagar que somente a reforma não resolveu a situação do país.
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Defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a capitalização foi adotada no Chile pelo ditador Augusto Pinochet, em 1981. O resultado foi desastroso. Idosos com aposentadorias muito abaixo do salário mínimo. Sem contar nos casos em que o trabalhador nem consegue se aposentar.
A capitalização é uma espécie de poupança. Quem consegue juntar mais tem maior possibilidade de se aposentar com um valor “melhor”. A mulher será ainda mais penalizada, que ganha menos do que o homem e tem menor presença no mercado de trabalho. No Brasil, o envolvimento delas na força de trabalho é de 52,7%. Já entre os homens é de 71,5%.
A grande verdade é que quem vai lucrar com a capitalização são os bancos e gestores de investimentos, já que os trabalhadores vão acumular as próprias aposentadorias em contas individuais. Para o cidadão, se o modelo passar, uma coisa é certa: aposentadoria nunca mais.
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Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia