Saques do FGTS podem envolver até 160 milhões de pessoas e 270 milhões de contas
A direção da Caixa Econômica Federal comunicou aos seus empregados que vai abrir agências nos finais de semana nos próximos seis meses, para operacionalizar os saques do FGTS. A medida, adotada unilateralmente, foi anunciada por meio de videoconferências aos gestores das unidades nesta quinta-feira (25). Além disso, o banco decidiu cancelar o Plano de Demissão Voluntária (PDV) que estava em andamento, sem explicar como ficará a situação das pessoas que aderiram.
O movimento sindical vai cobrar explicações da direção da Caixa e estuda medidas que podem ser tomadas para assegurar os direitos da categoria que voltam a ser atacados pelo banco.
A forma como foi feito o anúncio é absurda, gerando apreensão e dúvidas nos empregados, sem dar qualquer detalhe de como essa operação vai funcionar. Sabe-se apenas que acontecerá por 6 meses, tempo muito superior aos 2 meses da operação para os saques de contas inativas do FGTS em 2017. O movimento sindical cobra do banco esclarecimentos com urgência. A Caixa vai desrespeitar a lei e Acordo Coletivo de Trabalho?
A operação para os saques do FGTS será muito maior do que a de 2017, quando as agências ficaram superlotadas. O próprio Pedro Guimarães admite que essa operação pode chegar a 160 milhões de pessoas e 270 milhões de contas. Nas palavras dele, a operação é “algo que praticamente nunca foi feito”.
Além de condições de trabalho adequadas, uma das grandes preocupações é a segurança. Uma unidade superlotada não é segura nem para empregados e nem para clientes. Diante do processo de desmonte que é imposto na Caixa pelo governo federal, essa operação é uma grande armadilha contra o banco público.
PDV
Outra questão é o cancelamento do PDV. Além de ser considerado um desrespeito aos trabalhadores que já aderiram ao programa, a medida demonstra como a Caixa necessita de mais funcionários. Nos últimos três anos, a Caixa perdeu quase 17 mil postos de trabalho.
O movimento sindical defende e luta pela contratação de mais trabalhadores para melhorar as condições de trabalho na Caixa e que os direitos sejam respeitados.
Fonte: Fenae