Depois de muita pressão dos sindicatos e dos trabalhadores, foram 5 meses de negociações, o banco apresentou no último dia 3/02 a proposta final, por dois anos, de aditivo ao CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).
Para o novo e unificado aditivo, serão mantidas todas as cláusulas do Santander, com a correção dos valores fixados, como o auxílio-educação, pelo reajuste de 6% obtido pelos bancários na campanha salarial de 2009 e pelo índice que vier a ser conquistado pela categoria em 2010.
Abaixo o resumo das clausulas mais importantes:
Manutenção dos incentivos à aposentadoria: extensão até 31.08.2010 da licença remunerada pré-aposentadoria (“pijama”) para quem está a menos de um ano da aposentadoria e do abono indenizatório para quem já possui tempo de se aposentar.
Prêmio de dois salários: inclusão dos funcionários do Santander que estavam na ativa em 01.09.2009 e completaram 25 anos de banco antes de 01.01.2009. O pagamento será feito em duas etapas: março de 2010 e janeiro de 2011. Em caso de desligamento antes da segunda parcela, o crédito será feito na homologação.
Os dirigentes sindicais reivindicaram a extensão da conquista para quem estava na ativa entre 01.01.2009 e 31.08.2009, bem como para os empregados oriundos do Bandepe. O banco ficou de analisar.
Auxílio-educação: ampliação de 1.250 para 2.000 bolsas de estudo, no valor de 50% da mensalidade com teto de R$ 330 mais reajuste de 6%, e manutenção das atuais bolsas concedidas aos funcionários do Real, respeitando os critérios vigentes, como a não-reprovação.
Cabesp e Banesprev: renovação dos termos de compromisso de manutenção do patrocínio do Santander, com grupo de trabalho consultivo.
Licença sem vencimentos: concessão de uma licença não remunerada de 30 dias para cuidar de familiar com problemas de saúde. Trata-se de um direito já conquistado pelos bancários na Espanha e estendido aos colegas no Brasil.
Licença-adoção aos pais: cinco dias consecutivos, sendo no mínimo três dias úteis, conforme reivindicação dos bancários.
Abono de ausência para funcionários com deficiência: ampliação do direito de se ausentar do trabalho para a aquisição de aparelhos.
PPR
Cabe ressaltar que a discussão do aditivo do Santander se prolongou em função do valor da PPR. A proposta inicial de R$1000 trouxe insatisfação geral em todo o banco, pois cada um dos 26 diretores recebeu R$8,6 milhões, além de enviar para a matriz espanhola R$ 1,5bi. Assim os bancários foram a luta e conseguiram ampliar para R$ 1.250 a ser pago no próximo dia 19 e R$ 1.350 como mínimo para 2011.
Entendemos que o banco continua nos devendo uma vez que a produção do lucro foi construído pelo empenho diário dos 51 mil funcionários e portanto mal distribuído. Essa injustiça só será corrigida com muita mobilização e luta dos bancários.