Os bancários de todo o país, assim como a categoria na Baixada Santista, fazem uma greve forte que está tendo resultados, no seu 14º dia. Os banqueiros que estavam apostando na desmobilização estão quebrando a cara. Por isso, marcaram uma negociação às 18h de hoje, quarta-feira, dia 07/10 (5º dia útil). Portanto fique atento às informações do sindicato, pelo nosso site: www.santosbancarios.com.br
A greve nacional teve início dia 24 de setembro, após a rejeição da proposta rebaixada de reajuste de 4,5% e redução da PLR em relação ao ano passado. Na retomada das negociações, na última quinta e sexta-feira, dias 01 e 02 de outubro, os representantes dos banqueiros não apresentaram nova proposta para a categoria.
Os bancários reivindicam 10% de reajuste e Participação dos Lucros e Resultados ? PLR ? de R$ 3.850 fixos e mais três salários. ?Os bancos têm dinheiro de sobra para acabar com a greve. Somente nos 1º trimestre deste ano embolsaram R$ 19,3 bilhões em lucros líquidos. Não terminaram até agora porque são intransigentes e gostariam de quebrar a espinha dos trabalhadores organizados?, afirma Eneida Figueiredo Koury, funcionária do Banco do Brasil e Secretaria de Comunicação do Sindicato dos Bancários de santos e Região.
Veja o que os bancários reivindicam:
– Reajuste de 10% do salário. Os bancos ofereceram 4,5%, apenas a reposição da inflação dos últimos doze meses, enquanto outras categorias de trabalhadores de setores econômicos menos lucrativos estão conquistando aumento acima da inflação.
– PLR maior. Os bancos querem reduzir PLR para aumentar lucros. Os bancários querem uma PLR simplificada, equivalente a três salários mais R$ 3.850 fixos. Os banqueiros propuseram 1,5 salário limitado a R$ 10.000 e a 4% do lucro líquido (o que ocorrer primeiro) mais 1,5% do lucro líquido distribuído linearmente, com limite de R$ 1.500. Essa fórmula reduz o valor da PLR paga no ano passado. Em 2008, os bancos distribuíram de PLR até 15% do lucro líquido, com limite de R$ 13.862 mais parcela adicional relativa ao aumento da lucratividade que chegou a R$ 1.980. Neste ano querem limitar a PLR a 5,5% do lucro líquido e a R$ 11.500.
– Valorização dos pisos salariais. A categoria reivindica pisos de R$ 1.432 para portaria, R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese) para escriturário, R$ 2.763,45 para caixa, R$ 3.477,00 para primeiro comissionado e R$ 4.605,73 para primeiro gerente. Os bancos rejeitam a valorização dos pisos e propõem 4,5% de reajuste para todas as faixas salariais.
– Preservação dos empregos e mais contratações. Seis dos maiores bancos do país estão passando por processos de fusão. Os bancários querem garantias de que não perderão postos de trabalho e exigem mais contratações para dar conta da crescente demanda. Os bancos se recusam a discutir o emprego e aplicar a Convenção 158 da OIT, que inibe demissões imotivadas.
– Mais saúde e melhores condições de trabalho. A enorme pressão por metas e o assédio moral são os piores problemas que a categoria enfrenta hoje, provocando sérios impactos na saúde física e psíquica. A Fenaban não fez proposta para combater essa situação e melhorar as condições de saúde e trabalho.
– Auxílio-creche/babá. A categoria quer R$ 465 (um salário mínimo) para filhos até 83 meses (idade prevista no acordo em vigor). Os bancos oferecem R$ 205 e querem reduzir a idade para 71 meses.
– Auxílio-refeição. Os bancários reivindicam R$ 19,25 ao dia e as empresas propõem R$ 16,63.
– Cesta-alimentação. Os trabalhadores querem R$ 465, inclusive para a 13ª cesta-alimentação. Os bancos oferecem R$ 285,21 tanto para a cesta mensal quanto para a 13ª.
– Segurança. Os bancários querem instalações seguras e medidas como a proibição ao transporte de numerário, malotes e guarda das chaves. Também reivindicam adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos. A categoria defende proteção da vida dos trabalhadores e clientes.