Negociação Comando Nacional e Fenaban, 27 de agosto.
O descaso dos bancos para novas contratações, para garantia de emprego e respeito à jornada de 6 horas, foi um difícil início de negociação dos temas da pauta. Para combater os abusos é preciso mobilização!
A segunda rodada de negociação da pauta de reivindicações da categoria, realizada nesta quinta-feira, 27, terminou com os negociadores da Fenaban rejeitando todas as propostas sobre o tema emprego: preservar os postos de trabalho, principalmente nas fusões e aquisições; respeitar a jornada de 6 horas, reconhecer a Convenção 158 da OIT, que impede demissões imotivadas; mais contratações para atender a demanda nas agências; fim das terceirizações e ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho nas unidades.
Após o Comando Nacional apresentar o resultado da pesquisa Dieese sobre o emprego bancário que aponta uma redução de 2.224 postos de trabalho no sistema financeiro nacional somente no primeiro semestre deste ano, os negociadores da Fenaban praticamente afirmaram que a garantia de emprego e seus desdobramentos não são discutíveis na Convenção Coletiva. E tem mais. Segundo os negociadores, os bancos apostam na revogação da Convenção 158 da OIT.
Não só os bancários estão no sufoco, os clientes e a população não ficam de fora quando o assunto é contratar mais bancário.
Outra exigência dos bancários nesta negociação foi à transparência nos dados sobre contratações e demissões banco a banco, hoje informados pelas instituições financeiras apenas ao Ministério do Trabalho.
Nesta segunda rodada os bancos atenderam a reivindicação do Comando apresentada na primeira rodada e garantiram a data-base de 1º de setembro além de prorrogar a Convenção 2008 até 30 de setembro.
O processo de negociação continua no dia 2 de setembro, quando serão discutidas as cláusulas que tratam da remuneração dos bancários.
Fonte: A
Escrito por: Susan Meire