Representantes do banco não se posicionam sobre reivindicações dos funcionários para que haja fim das demissões e melhoria nas condições de trabalho
Emprego, condições de trabalho, saúde do trabalhador e Participação Complementar de Resultados (PCR) foram os temas da negociação específica entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú nesta quarta-feira, 30.
A direção do banco se limitou a apresentar dados de turnover, de janeiro a outubro deste ano, informando que, neste período, foram demitidos 4.697 trabalhadores e outros 2.071 pediram dispensa. No total saíram 6.768 pessoas, sendo contratadas 4.485, resultando na extinção de 2.283 postos de trabalho.
O Itaú tentou justificar que esse turnover é normal. Não é. As pessoas estão sendo massacradas e adoecendo nos locais de trabalho. E em vez de fazer uma reposição adequada, as contratações são direcionadas para a agência digital. Um local, inclusive, onde existe forte prática antissindical, pois dirigentes sindicais são proibidos de entrar.
Saúde
Entre os demitidos pelo Itaú estão funcionários que retornam de afastamento pelo INSS. Essas pessoas adoeceram devido à sobrecarga de trabalho imposta pelo banco. Ou seja, o Itaú tem a obrigação de lhes dar um tratamento digno, e não os colocar na rua.
O movimento sindical cobrou o fim dessa prática e reivindicou melhoras no programa de readaptação profissional e que o retorno ao trabalho ocorra em setor que respeite a condição física e psicológica dos bancários.
Outro drama de quem retorna de afastamento diz respeito a descontos de encargos e antecipações de salário, muitos dos quais indevidos ou feitos sem qualquer aviso prévio ao trabalhador. O movimento sindical cobrou solução.
PCR
Os trabalhadores também reivindicaram debate para melhorias na Participação Complementar de Resultados (PCR).
Os representantes do banco se limitaram a ouvir as argumentações, sem se posicionarem sobre nenhuma das reivindicações.
Fonte: Com informações do Seeb SP