No meio empresarial e entre as operadoras de câmbio, a notícia da fusão do Itaú-Unibanco já era esperada, pois desde setembro havia rumores de que operações financeiras do FED (Banco Central dos EUA), realizadas pelo governo Bush, por pura pressa e ?incompetência?, não tinham avaliado devidamente as muitas implicações internacionais das medidas. A notícia foi divulgada pelos jornais Agora e Folha de São Paulo informando que Henrique Meirelles tinha ido as pressas para Nova York, devido à falência da AIG, maior seguradora dos USA e que o Governo Norte-Americano a tinha estatizado.
Como resultado, o Banco Central emprestou a fundo perdido dinheiro ao ITAÚ, que não precisava, e forçou ao BNDES a também emprestar dinheiro à ‘taxas simbólicas’ ao ITAÚ, para o mesmo fim. Portanto, quem pagou pelo novo PROER foi o povo brasileiro, que passa a ser dono do Itaúnibanco, enquanto os ‘títulos podres’ do AIG ficaram nos cofres do Banco Central.
O PROER foi responsável pela doação de milhões de dólares aos bancos privados Marka/Fonte/Cindam, do banqueiro, agora preso, Salvatore Cacciolla.
Para agravar ainda mais a crise financeira, duas mega-empresas de varejo estão preste a pedir concordata, diante da variação do câmbio e da retração do mercado consumidor, mais cauteloso e descapitalizado. As Lojas Insinuante e as Casas Bahia podem encerrar suas atividades e deixar mais de 25 mil trabalhadores desempregados, além de rolar as dividas com os fornecedores, provocando uma outra onda de choque interna, com conseqüências imprevisíveis.