Pela segunda vez os bancos voltaram à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários e não apresentaram proposta nenhuma. Na tarde dessa quinta-feira 15 novamente insistiram no índice de reajuste de 7% – que representa 2,39% abaixo da inflação – com abono de R$ 3.300.
Comando orienta que a mobilização deve continuar e cada vez mais forte até que uma proposta decente seja apresentada. Hoje 16, a paralisação nacional chega ao 11º dia.
Desde a entrega da pauta, em 9 de agosto, foram realizadas oito rodadas de negociação. E em todas elas, sempre foi deixado claro: não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para bancário. Somente nos seis primeiros meses deste ano, o lucro do setor bateu a casa dos R$ 29,7 bilhões. Os funcionários do setor que mais lucra no Brasil querem aumento digno, valorização do VA, do VR, do auxílio-creche, querem manter o vale-cultura, querem o parcelamento do pagamento de férias, mas para tudo isso os bancos disseram não.
Nada sobre emprego
Além de manter a proposta de reajuste rebaixado, os bancos recusam assumir um compromisso de proteção aos empregos, fundamental para os bancários. Somente nos sete primeiros meses deste ano, quase 8 mil postos de trabalho foram extintos pelas cinco maiores instituições (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa). Uma situação absurda que traz sobrecarga e adoecimento para os bancários, mau atendimento para a população. Os bancos cobram juros exorbitantes, tarifas altíssimas, só eles querem ganhar. Mas os bancários estão na luta e vão virar esse jogo mais uma vez.
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Fonte: Com informações SEEB SP