Os bancários estão aumentando as paralisações no 11º dia de greve diante do desrespeito dos bancos com a categoria, clientes e população. Intransigentes, bancos querem impor reajuste abaixo da inflação. A greve é por tempo indeterminado!
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está intransigente e quer reajustar a categoria abaixo da inflação mesmo obtendo lucros bilionários no 1º semestre deste ano. Na tarde desta quinta-feira, 15, houve rodada de negociação que terminou sem nova proposta dos banqueiros. Os cinco maiores bancos obtiveram o lucro mais alto, entre todos os setores da economia, no 1º semestre: R$ 29,7 bilhões (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa).
A inflação medida pelo INPC, no período de 1º/SET/15 até 31/AGO/16, foi de 9,62%. O objetivo dos banqueiros é rebaixar salários! A greve é unificada, nacional e por tempo indeterminado!
A perversidade do Abono Salarial
O abono é uma estratégia utilizada pelas empresas para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos salários, com o objetivo claro de acumular lucro. Vale ressaltar que o abono reflete de forma negativa e produz perdas sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR, sendo que após um ano não existirá mais e as perdas inflacionárias persistiram nos salários. O valor apenas resolve os problemas imediatos do mês. E sendo assim, os bancos não contabilizam a quantia na folha seguinte.
Principais reivindicações dos(as) Bancários(as)
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita