O fim de semana passou e os bancários mantiveram firme sua postura na greve nacional da categoria. Na segunda-feira 12 a mobilização chegou ao sétimo dia. No Brasil, 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 48,97% de todas as agências do Brasil e crescimento de 15%, na comparação com a sexta-feira 9.
A greve passou por um feriado nacional, por um fim de semana e vem enfrentando os comunicados internos dos bancos que tentam provar o improvável. O abono reflete de forma negativa e produz perdas sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR, sendo que após um ano não existirá mais e as perdas inflacionárias persistiram nos salários. O valor apenas resolve os problemas imediatos do mês. E sendo assim, os bancos não contabilizam a quantia na folha seguinte.
Hoje acontece uma nova rodada de negociação, a partir das 14h, em São Paulo. A Fenaban tem a obrigação de trazer uma proposta com aumento digno para salários, PLR, proteção aos empregos, melhorias nas condições de trabalho, avanços na igualdade de oportunidades para mulheres, vale-refeição na licença-maternidade, auxílio-creche maior.
Principais reivindicações dos(as) Bancários(as)
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Com informações SEEB SP