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Não pra você, mas a palavra bullying me remete a um comportamento infantil. Uma daquelas necessidades adolescentes de chamar atenção para o outro e se esconder atrás de um muro de agressividade. Porém não é só aí que ele acontece: o problema está muito mais vivo no mundo adulto do que nós gostaríamos de acreditar.
Uma pesquisa recente ouviu mais de 4 mil profissionais com deficiências físicas e descobriu que 4 em cada 10 deles já foram vítimas de preconceito no ambiente de trabalho. Além disso, 57% daqueles que já sofreram preconceito dizem que o bullying é a maneira mais comum.
Mas o que é o bullying?
Ele pode ser bastante parecido com uma brincadeira. Pode ter um tom que, para quem não está sendo o foco, não parece nada demais.
Porém o bullying é inteligente exatamente por isso: aos olhos de quem não o sofre, é exagero, mas para quem está acostumado a ter uma característica ridicularizada todos os dias, por exemplo, aquela “piada” quer dizer muito mais.
Outro dado importante da pesquisa é que 58% dos entrevistados diz que o setor de RH das empresas não está preparado para contratar pessoas portadoras de deficiência. Os problemas vão desde salários muito baixos até atividades praticamente impossíveis para o tipo de deficiência – como uma pessoa de muleta precisar carregar pacotes.
Se a empresa contrata pessoas portadoras de deficiência só para estar em dia com a legislação de cotas – empresas com mais de 100 funcionários precisam ter de 2% a 5% das vagas direcionadas a pessoas com deficiência –, sem mostrar aos funcionários como acontece a inclusão, sem deixar claro que o que para uns é piada para os outros é uma agressão grave, sem colocar esses novos contratados em áreas que permitam seu crescimento profissional, ela não está cumprindo com seu papel.
Fonte: Onda