A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, juntamente com a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos (filiado); O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); outras centrais, sindicatos e movimentos sociais reuniram cerca de 100 mil pessoas, que marcharam da Paulista até a Pça. da República, em São Paulo, dia 16 de dezembro de 2015. Foi o dia Nacional de Luta contra o Impeachment, o Ajuste Fiscal e pelo Fora Cunha.
O momento político pede muita unidade e mobilização popular. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), depois de ter sua tentativa de chantagem frustrada, aceitou a instalação do processo de impeachment da Presidenta Dilma. Tenta subordinar os destinos do país à salvação de seu pescoço. Não há nenhuma comprovação de crime por parte de Dilma, e o impeachment sem base jurídica, motivado pelas razões oportunistas e revanchistas de Cunha é golpe.
As ruas pedem: Fora Cunha! Atolado em escândalos de corrupção e representante da pauta mais conservadora, Cunha não tem moral para conduzir o processo de impeachment, nem para presidir a Câmara dos Deputados. Contas na Suíça, fortes acusações de lavagem de dinheiro, recebimento de R$ 52 milhões em propinas, para liberar R$ 3,5 bilhões do FGTS, para obras de empreiteiras são crimes não explicados por ele. Cunha será lembrado pelo ataque aos direitos das mulheres, pelo PL da terceirização, a proposta de redução da maioridade penal e por sua contrarreforma política. Os que querem o impeachment são os mesmos que atacam os direitos dos trabalhadores (as), das mulheres, dos negros (as) e disseminam o ódio e intolerância no país.
“É bom salientar que ser contra o impeachment não significa necessariamente defender as políticas adotadas pelo governo. Ao contrário, a Intersindical e a diretoria do Sindicato têm lutado em 2015 contra a opção por uma política econômica recessiva e impopular. As consequências da crise econômica mundial estão sendo aprofundadas pelo ajuste fiscal promovido pelo governo federal, que gera desemprego, retira direitos dos trabalhadores e corta investimentos sociais. Não aceitamos pagar a conta da crise. A Intersindical e o Sindicato são entidades políticas apartidárias em defesa dos trabalhadores”, explica Eneida Koury, da executiva nacional da Intersindical e Secretária Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
De acordo com a Intersindical, a saída para o povo brasileiro é a ampliação de direitos, o aprofundamento e o fortalecimento da democracia e as reformas populares. O impeachment representa um claro retrocesso na construção deste caminho.
Fonte: Imprensa SEEB de Santos e Região e Intersindical