O reajuste de 5,5% oferecido pela Fenaban é bem abaixo da inflação de 9,88%. Banqueiros falam em crise, mas os 5 maiores bancos lucraram R$ 36,3 bilhões, no 1º semestre deste ano, 27,4% mais que no mesmo período de 2014
Os bancários da Baixada Santista farão assembleia nesta quinta-feira (1/10) para deflagrar GREVE! A reunião acontece às 20h, na Av. Washington Luiz, 140, sede do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Já na segunda-feira (5/10) será realizada nova assembleia, também no Sindicato, às 19h, para organizar a greve que começa em 6/10.
Os banqueiros rejeitaram todas as reivindicações sobre emprego, saúde, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades.
Depois de seis rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fala em crise e oferece 5,5% de reajuste aos bancários sobre os salários, a PLR e demais verbas de caráter salarial, mais abono de R$ 2,5 mil. Foi rejeitada na mesa de negociação, pelo Comando Nacional dos Bancários. A categoria reivindica 16% de aumento salarial. “Este índice não repõe nem a inflação de 9,88% medida pelo INPC”, diz Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Bancos lucram com crise ou sem crise
“As instituições bancárias ganham com crise ou sem crise econômica, seja internacional ou nacional, para os bancos é rotina. Mas são os funcionários responsáveis por todo esse resultado e por isso exigimos 16% de reposição da inflação mais 5,7% de perdas salariais”, afirma Big.
“Em todas as campanhas os bancos vêm com a mesma conversa de crise. Conforme os lucros, não há crise para os banqueiros. A crise afeta sim os trabalhadores bancários sobrecarregados, cansados e assediados por metas e demissões. Exigimos a nossa parte destes lucros bilionários e melhores condições de trabalho e o fim das demissões, além de mais contratações. Para isso, precisamos da mobilização da categoria”, afirma Eneida Koury, Secretária Geral do Sindicato.
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Principais reivindicações da Campanha Salarial 2015
Remuneração
Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de perdas salariais); PLR: Três salários mais R$7.246,82 ; Piso do Dieese: R$3.299,66 (junho/2015); Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional) e melhores condições de trabalho com o fim das metas e o assédio moral.
Emprego
Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate as terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.