No Brasil, praticamente uma em cada quatro pessoas tem algum tipo de deficiência. Porém, apesar dessa proporção populacional, são poucas as políticas públicas que lhes garanta melhores condições de vida. Ao invés dos espaços se adaptarem de fato às pessoas com deficiência, na prática ainda prevalece a ideia de que são elas que precisam se adaptar ao ambiente em que vivem.
O dia 21/9 foi definido como o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, momento importante para provocar debates e reflexões, mas que precisa ir além de uma data no calendário. É preciso pautar essa realidade de 46 milhões de pessoas no cotidiano.
Condições de trabalho
As lutas das pessoas com deficiência começam a ficar mais organizadas na década de 50 do século passado, inicialmente protagonizadas pelos deficientes visuais que se reúnem para reivindicar melhores condições de trabalho. Já os deficientes auditivos têm como foco inicial a utilização da linguagem de sinais, que tinha sido proibida em diversos países ainda no final do século XIX.
O movimento vai se ampliando e ganha força no final da década de 70, no conjunto das manifestações populares que buscavam a reabertura política e o fim da Ditadura Civil-Militar que assolava o País desde 1964. Aos poucos, as pessoas com deficiência foram conseguindo ser um pouco mais ouvidas e garantir algum espaço na sociedade por meio de conscientização e criação de leis.
Mesmo assim, parte da legislação existente precisa ser efetivada e toda a sociedade deve incluir em suas rotinas a presença da pessoa com deficiência. A construção de outro mundo possível passa pela inclusão! Que este dia 21 de setembro seja um motivador para que se aprofunde o debate e se amplie a rede de luta das pessoas com deficiência.
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Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região