Dirigentes, militantes da Intersindical e do Sindicato dos Bancários de Santos e Região participaram, em conjunto com diretores do Sindipetro-LP e os petroleiros do litoral paulista, da greve de 24 horas, nesta sexta-feira (24/07), na Refinaria Presidente Bernardes, Terminal Pilões e Termoelétrica (Cubatão), UTGCA (Caraguatatuba), no edifício do Valongo (Santos) e Tebar (São Sebastião).
Um dos eixos da paralisação nacional é a luta contra a venda de ativos pela presidente Dilma e o Projeto de Lei do Senador José Serra (PSDB) que tenta privatizar a Petrobras.
Diante do risco iminente de privatização da empresa, através do plano de negócios e da tentativa de entrega do pré-sal às petrolíferas estrangeiras e por conta de que a Petrobras vive hoje um dos maiores ataques já sofridos desde a quebra do monopólio estatal do petróleo, na década de 1990, os petroleiros e a Intersindical promoveram na Baixada Santista a greve de alerta por 24 horas.
Segundo os dirigentes da Intersindical e dos petroleiros a greve desta sexta-feira deve ser apenas o início de uma grande luta em defesa da Petrobras e da soberania nacional do país.
Petrolíferas e banqueiros querem saquear trilhões do povo
O pré-sal brasileiro tem reservas de 300 bilhões de barris. Destes 60 bilhões foram descobertos pela Petrobras. Tudo isso vale 6 trilhões de dólares. Com isso o Brasil tem autossuficiência para mais 50 anos e será um dos 10 maiores produtores de petróleo mundial.
“A Petrobras é a única entre as 5 maiores do setor que aumenta a produção. Exxonmobil (EUA), Britsh Petroleum (britânica), Shell (anglo-holandesa) e Chevron (EUA) estão em queda. Estão golpeando a Petrobras para fatia-la”, alerta Eneida Koury, secretaria geral do Sindicato dos Bancários e da coordenação nacional da Intersindical.
Projeto 131/2015 de José Serra (PSDB)
Com a complacência e sem provocar alardeamento na grande mídia, o senador José Serra (PSDB), que deu entrevistas recentes pregando o desmembramento da Petrobras, apresentou o projeto de lei 131/2015 que altera o sistema de partilha do pré-sal, desobrigando a estatal brasileira de participar dos negócios e excluindo a cláusula que condiciona a participação da Petrobras em, no mínimo, 30% da exploração e produção em cada licitação.
Vamos lutar em defesa dos trabalhadores e da população
“Nossa trajetória de luta é por um governo que represente os trabalhadores, contra a terceirização, contra o ajuste fiscal, contra a privatização da Petrobras e de qualquer serviço público como acontece com as OSs. Também lutamos contra o golpe político que deputados e senadores da direita querem impor ao povo brasileiro para entregar todo o nosso patrimônio, desempregar, retirar direitos e arrochar salários dos trabalhadores. Vamos construir uma greve geral juntamente com movimentos sociais, políticos e sindicais do país. Só resta ao trabalhador muita unidade e luta, para resistir aos ataques do capital. Por uma Petrobras 100% estatal sob o controle dos trabalhadores”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical.
Fonte: Comunicação dos Bancários de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita