Os juros cobrados pelos bancos subiram em 2014 tanto no cheque especial quanto no empréstimo pessoal. A conclusão está em levantamento do Procon-SP realizado nas sete maiores instituições financeiras do país: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
O estudo mostra, ainda, que os valores só não foram mais altos por conta principalmente dos bancos públicos federais.
Empréstimo pessoal
No empréstimo pessoal, a taxa média subiu dos 5,27% de 2013 para 5,64%, em 2014. O Santander foi o mais careiro com 6,92% ao mês (a.m.). A menor cobrança foi na Caixa, com 3,77% também ao mês. A diferença é de 83,55%.
Além da Caixa, somente o Banco do Brasil, com 4,86%, e o Safra, com 5,23%, ficaram abaixo da média geral. Todos os outros privados puxaram as taxas para cima: no Bradesco foi 6,53%; no Itaú, 6,12%; e no HSBC, 6,08%.
Cheque especial
No cheque especial a taxa média passou de 8,02% em 2013 para 9,26% em 2014. A maior também foi do Santander, com 11,49% ao mês, e a menor na Caixa, com 5,98% a.m. A diferença aqui é ainda maior: 92,14%.
A alta na modalidade também foi puxada pelos privados. Todos, exceto o Safra com 9,15%, superaram a média. A segunda mais alta foi no HSBC com 10,74%; seguido pelo Itaú (9,75%) e Bradesco (9,45%). No Banco do Brasil, ficou em 8,26%.
Selic
O custo estratosférico dos juros cobrados pelos bancos fica ainda mais evidente quando comparado, em seu valor anual, com a Selic. Ao ano (a.a.), o cheque especial fechou dezembro em 219,02%, ou seja, cerca de 18 vezes mais alto do que os 11,75% a.a. da Selic. O empréstimo encerrou o ano em 97,77% a.a., oito vezes mais alto do que a taxa básica do país.
Fonte: Contraf com Seeb São Paulo