Ato será na Praça Mauá, no Centro de Santos, às 16 horas
As categorias em greve dos bancários e dos empregados nos Correios farão passeata em conjunto pelas ruas do Centro de Santos para alertar a população sobre suas reivindicações e a intransigência dos banqueiros e do governo federal. A concentração é a partir das 16 horas, na Praça Mauá .
Banqueiros não negociam e greve continua
Neste 5º dia de greve (segunda-feira, 23/09/13), “a Fenaban – Federação Nacional dos Bancos – continua intransigente e não quer negociar um índice decente. Infelizmente os banqueiros não estão nem aí para os bancários, os clientes e a população. Devem estar sentados nos seus gabinetes refrigerados fazendo as contas de quanto lucrarão até o fim de 2013”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
A paralisação nas cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande atinge 90% das agências bancárias. Em Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga 70% dos bancários cruzaram os braços, por tempo indeterminado.
Os banqueiros oferecem reajuste de 6,1%, índice abaixo da inflação, apesar do lucro líquido de cerca de 30 bilhões somente nos primeiros seis meses de 2013, conforme dados de seus próprios balancetes auferidos pelo DIEESE. Os bancários reivindicam 11,93%. A data-base do Acordo Coletivo da categoria é 1º de setembro e a greve é nacional.
Terceirização é objetivo dos banqueiros
Segundo o Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, esta situação vai piorar se o Projeto de Lei 4330, da terceirização e de interesse do empresariado, for aprovado no CONGRESSO NACIONAL. “A proposta visa escancarar o uso de trabalhadores terceirizados em diversos setores e reduzir direitos”, esclarece.
DIEESE
Segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), quem trabalha em firmas terceirizadas: – Recebe salário 27% menor que o contratado direto; – Tem jornada semanal de 3 horas a mais; – Permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente; – A rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados; – A cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados. O número de óbitos no local de ofício é cinco vezes maior do que entre os contratados diretos, nos setores petrolífero e elétrico.
As reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93%
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região