Uma gerente operacional do Itaú Unibanco faleceu no último dia 18 dentro do seu local de trabalho na agência Parolin, em Curitiba. Uma grande tristeza para toda a categoria no Paraná e no Brasil.
A perda da colega escancara uma situação limite de stress a que os trabalhadores estão submetidos por conta da pressão dos gestores, das metas abusivas, do assédio moral, da ameaça de demissão e das reestruturações.
No início deste mês, outro bancário do Itaú Unibanco faleceu em São Paulo, vítima de infarto, após ter seu cargo rebaixado e ter relatado que não estava bem por conta da pressão por metas.
Os banqueiros, infelizmente, não estão preocupados com a saúde dos trabalhadores ou se mais funcionários perderão a vida em decorrência dos absurdos a que estão sendo submetidos. O que mais causa indignação é que alguns trabalhadores da gerência média servem como instrumentos para as práticas de maldades que estão adoecendo e tirando a vida dos bancários.
Saúde e condições de trabalho
O combate ao assédio moral e o fim das metas figuram entre as principais bandeiras relacionadas ao tema Saúde do Trabalhador nas campanhas nacionais dos bancários nos últimos anos.
A Fenaban insiste em classificar as metas como “desafiadoras”, ignorando os efeitos delas sobre a vida dos bancários. Os banqueiros afirmam que as metas são estratégias privadas de cada banco e que dependem da gestão.
Os patrões também seguem dizendo que os problemas de saúde dos bancários não têm relação com o trabalho. Será?
Segundo estatísticas da Previdência Social, os bancários estão entre as categorias de trabalhadores que mais adoecem, seja por LER/Dort, seja por doenças relacionadas ao sofrimento mental. O stress do dia a dia da categoria está causando danos irreparáveis à saúde. Não podemos tolerar o falecimento de mais trabalhadores por conta do trabalho.
Fonte: Contraf & SEEB Curitiba