Na última semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divugou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC de agosto, uma variação de 0,45%, o que reflete um acumulado para o ano de 3,46%. Com relação aos doze últimos meses, o índice é de 5,39%.
O índice divulgado está acima da inflação projetada pela categoria bancária para o período de 31 de agosto de 2011 a 1º de setembro de 2012, de 5,3%, o que torna ainda mais insuficiente a única proposta apresentada pela Fenaban em mesa de negociação. Deste modo, o aumento incluso na proposta de 6% deixa de ser de 0,7% para ser ainda menor: 0,58%.
Conforme estudo do Dieese, 97% das categorias profissionais que fecharam campanhas salariais no primeiro semestre deste ano conquistaram aumento acima de inflação médio de 2,23%.
Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2012, os três maiores bancos privados – Bradesco, Itaú e Santander – tiveram rentabilidade media de 20,16%, segundo a Consultoria Economática. Enquanto isso, o setor de Siderurgia e Metalurgia obteve rentabilidade de 8,57%; Alimentação e Bebidas de 5,65%; Têxtil de 9,97%; Químico de 2,91%; Telecomunicações de 7,01% e 8,58% para Construção Civil.
Além de reajuste insuficiente, os bancos negam melhorias na PLR, valorização dos pisos e benefícios, dentre os quais os auxílios refeição e alimentação, os quais estão defasados frente à elevação dos preços dos alimentos. Entre janeiro e agosto/12, a cesta básica na capital paulista acumulou uma alta de 14,72%. Já as refeições fora de casa aumentaram 9% em um ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Como se não bastasse, os bancos ainda negam reivindicações determinantes, como fim das metas abusivas, mais contratações, fim da rotatividade, da terceirização e das dispensas imotivadas e respeito à jornada de seis horas, dentre outras.
Fonte: Fetec – SP