De norte a sul do País, agências e departamentos bancários tiveram suas atividades paralisadas até 12h, nesta segunda-feira, dia 03.
A categoria bancária está em campanha salarial e sua pauta de reivindicações foi entregue aos bancos nos primeiros dias de agosto. Na última rodada de negociações, a Federação dos bancos (Fenaban) ofereceu reajuste de 6% (0,7% acima da inflação do período), além de dizer não às demais reivindicações como fim do assédio moral, PLR maior, cumprimento da jornada de 6h, contratação de mais trabalhadores etc.
A proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários
Em protesto contra a intransigência dos banqueiros e do governo federal, a categoria já começa a intensificar as mobilizações. Contra a enrolação da mesa de negociações, a categoria bancaria aderiu em peso à paralisação, ainda que parcial, desta segunda-feira.
Os bancos seguem lucrando bilhões e têm todas as condições de atender as reivindicações dos bancários. Tanto lucro só é possível graças à espoliação aos clientes, que pagam tarifas e taxas de juros altíssimas, mas também à remuneração dos títulos da dívida emitidos pelo governo federal, pagando as mais altas taxas de juros do mundo e que sugam cerca de 46% do orçamento da União.
Já a exploração dos bancários e bancárias é tamanha, que sem dúvida, é a principal motivação para os trabalhadores aderirem às greves (desde 2003, os bancários foram à greve todos os anos). Para os bancários, não basta elevar os salários, é fundamental melhorar as condições de trabalho, pois milhares de pessoas estão com a saúde física e mental comprometida pelo modelo de gestão dos bancos baseado na pressão, no assédio moral e na cobrança individual de metas de vendas de produtos.
Nesta terça-feira, dia 04/09, acontece nova rodada de negociações entre a Fenaban e o Comando Nacional dos bancários. A INTERSINDICAL está representada junto ao Comando Nacional e participa das negociações com a Fenaban e o governo.
Fonte: Intersindical
