Em 1º de Maio de 1886, operários realizaram uma greve geral nos Estados Unidos pela redução da jornada de trabalho. Naquele tempo, os trabalhadores tinham jornada de até 15 horas por dia! A greve geral teve grande adesão: mais de 5 mil fábricas foram paralisadas e cerca de 340 mil trabalhadores saíram às ruas. Com isso, muitas empresas foram obrigadas a atender a reivindicação popular.
Essa foi uma grande conquista da classe trabalhadora! Por isso, em 1891, a Segunda Internacional dos Trabalhadores, que reunia organizações operárias do mundo inteiro, decidiu tornar o 1º de Maio o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores. A data é a principal referência para os que são contrários à exploração capitalista.
Hoje, no entanto, os patrões e seus aliados tentam usurpar essa data dos trabalhadores, promovendo eventos e festas. É uma tentativa de retirar o caráter de luta e de organização da classe trabalhadora.
Juntos na Praça da Sé – Emprego, Salário, Moradia, Terra e Direitos Sociais!
Este 1º de maio, 2012, tem um traço especial para todos nós que lutamos contra a exploração e opressão. Traz a marca da resistência que sai às ruas na Europa, no Norte da África e Oriente Médio ou na América por direito à vida, ao trabalho e ao lazer, à escola e à saúde, cultura, liberdade de organização e de expressão.
Essa iniciativa é fundamental e tem que começar o quanto antes. Seja em Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Natal, Vitória ou Belém do Pará, por exemplos, nosso grito de classe soe forte e levante alto as bandeiras e reivindicações populares. Em São Paulo estaremos realizando o 1º Maio com o Ato Público na Praça da Sé e seguiremos em caminhada para a Praça da República aonde faremos o encerramento do 1º de maio.
Contra a política econômica que apenas em 2011 retirou das políticas públicas R$ 240 bilhões e destinou para o pagamento de juros aos banqueiros e rentistas; contra a mudança do Código Florestal que permitirá uma escalada da destruição ambiental no Brasil; em defesa da reforma agrária, da moradia popular, do investimento de 10% do PIB na educação pública, pelo fim do fator previdenciário e acesso pleno à aposentadoria, por melhores condições de trabalho e salário, devemos resgatar o sentido histórico do 1º de Maio como Dia de luta da classe dos que vivem do trabalho.
Enquanto alguns setores realizam grandes showmícios, com festas e sorteios de premios, financiados por bancos, estatais e grandes empresas, nosso 1º de Maio será um ato de resistência e luta, com independência, autonomia e disposição de construir uma sociedade ecossocialista.
09h00 – Missa dos Trabalhadore na Catedral
10h30 – ATO PÚBLICO NA PRAÇA DA SÉ
12h30 – Caminhada para a Praça da República
13h00 – Encerramento com Ato Unificado
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações do SEEB ES e Intersindical