A Polícia Federal ainda não iniciou as investigações sobre a morte de uma criança indígena, que teria sido encontrada carbonizada em outubro de 2011. Ela pertencia à etnia Awá-Guajá, que vive isolada na Reserva Indígena Araribóia, no município de Arame (MA).
Testemunhas informaram ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI) que no local existia uma comunidade. No entanto, os indígenas foram expulsos por madeireiros. Estima-se que existam três grupos, com cerca de 60 pessoas, vivendo isolados na Terra Indígena Araribóia.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou que recebeu, em novembro, denúncia anônima sobre assassinatos de índios na região. O órgão assegura que protocolou a denúncia na Polícia Federal e solicitou uma investigação na mesma ocasião.
Um levantamento feito pelo CIMI revelou que quatro crianças indígenas foram assassinadas em 2010. No ano anterior, foram contabilizadas 11 vítimas. O caso mais conhecido no Maranhão é o de uma menina da etnia Guajajara, morta a tiros por motoqueiros, em 2008. Ela assistia TV em sua casa, que ficava à beira de uma rodovia.
Além da violência, a falta de cuidados com a saúde também tem vitimado os menores. Em janeiro do ano passado, oito pequenos xavantes morreram em apenas 15 dias após um surto de pneumonia.
Fonte: Radioagência NP