Os bancários organizados pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisaram, por 24h, as agências do Itaú, no Guarujá, da Av. Puglisi, 391 e 330, terça-feira, dia 19/07/2011. Na manifestação foram utilizados caixão de defunto, carro de som, caixas de remédios, crachás, além da entrega de cartas abertas denunciando as mortes e o grande número de bancários com doenças adquiridas, por consequência da pressão para vender produtos do banco e atingir metas impossíveis.
“Esta foram paralisadas seis unidades do Itaú somente nas duas últimas semanas. Continuaremos a defender o emprego, a vida e os direitos dos trabalhadores com firmeza”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Duas foram paralisadas em Santos e S.Vicente, segunda-feira, 18/07
Sem dar trégua ao Itaú, os bancários paralisaram as agências da Conselheiro Nébias, 549, em Santos; e a da Presidente Wilson, 82, em São Vicente, segunda-feira, dia 18/07/2011, por 24h, contra as mortes, demissões e a pressão feita nos bancários. Conforme Walmir Gomes, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, as denúncias das mortes foram feitas no Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, realizada dia 08/07, em São Paulo. Segundo membros da Comissão de Organização de Empregados (COE) somente no 1º semestre de 2011, já faleceram cinco funcionários do banco. O último foi um caixa, com 23 anos, por Infarto em pleno expediente em uma agência, na capital.
Conforme os relatos dos dirigentes sindicais da capital, o caixa pediu por dois dias consecutivos para deixar a função e ser levado ao pronto socorro, porque estava passando mal. A chefia o impediu, sob a alegação de não ter outro bancário para colocar em seu lugar. No segundo dia, no início da tarde, enquanto trabalhava no caixa, caiu fulminado por um ataque do coração. O COE e o movimento sindical estão investigando todo o caso para tomarem as medidas cabíveis contra o banco.
Chegou-se ao absurdo de uma gerente, com apoio da Superintendência Regional do banco chantagear e pressionar funcionária, com estabilidade no emprego por força do acordo coletivo da categoria, com 30 anos de Itaú, a renunciar seu direito e ser demitida, senão outros dois seriam no seu lugar. “Se for confirmado, isto configura tortura psicológica, assédio moral e violência contra os trabalhadores”, diz Fabiane Pinheiro, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú.
“A vida dos trabalhadores bancários no Itaú está sendo ameaçada pela falta de funcionários e a ganância dos banqueiros Roberto Setúbal e Sérgio Moreira Salles. O maior banco da América Latina não se satisfaz com lucros recordes de mais de R$ 13 bilhões em 2010 ou o novo recorde de R$ 3,53 bilhões no 1º trimestre deste ano”, ressaltou Eneida Figueiredo Koury, Secretaria Geral do Sindicato.
Fonte: G