Uma pesquisa realizada no Canadá revelou que resíduos de pesticidas associados a plantas transgênicas foram encontrados na corrente sanguínea de mulheres, grávidas e fetos. As substâncias encontradas são derivadas do inseticida Bt e dos herbicidas glufosinato e glifosato.
O estudo analisou o sangue de 69 mulheres, sendo 30 grávidas. A toxina bacteriana Bt foi encontrada em 93% das gestantes, 69% das não-gestantes e em 80% dos fetos. Derivações do glufosinato estavam presentes em 100% das grávidas e dos fetos, e em 67% das não-grávidas. O glifosato também aparece na pesquisa, mas em menor proporção.
As mulheres que participaram do estudo nunca trabalharam com os agrotóxicos e suas dietas seguem o padrão típico da classe média do Canadá. Os pesquisadores concluem que é provável que a maioria da população esteja exposta a essas substâncias, devido ao seu uso no milho e na soja transgênicos de diversos produtos alimentícios.
No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou a utilização desses transgênicos alegando, por exemplo, que a proteína derivada do inseticida Bt seria “degradada no aparelho gastrointestinal”, não causando problemas à saúde humana. Entre a soja e o milho transgênicos produzidos no país, há 17 tipos liberados para plantio e consumo que estão associados a esses venenos.
Fonte: R