Há cinco anos, São Paulo foi palco do confronto entre a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) – que promoveu ataques contra as forças de segurança do Estado – e policias. Um estudo que aponta as principais causas do conflito foi divulgado nesta segunda-feira (09). O relatório, o mais completo sobre o caso até então, foi produzido pela Ong Justiça Global e pela Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos.
Segundo o documento “São Paulo sob Achaque”, as três principais causas para as ações do PCC foram a corrupção policial contra membros do grupo, a falta de integração dos aparatos repressivos do Estado e a transferência que uniu 765 chefes do PPC na prisão de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Os ataques ocorreram entre os dias 12 e 20 de maio de 2006. Do total de 493 homicídios ocorridos no período, o estudo indicou que em 122 execuções há indícios de participação de policiais.
As mães, familiares e amigos das vítimas dos “Crimes de Maio” organizaram uma série de atividades nesta semana para relembrar os jovens assassinados. Entre elas, há o lançamento do livro “Mães de Maio – do luto à luta”, nesta quinta-feira (12).
Fonte: R