Dirigentes sindicais realizaram nesta quarta-feira, 27/04/2011, nova negociação com o Itaú Unibanco, em São Paulo. O banco apresentou a planilha de custos do plano de saúde. De acordo com os dados, o plano de saúde atende hoje 199.460 vidas (de funcionários na ativa e dependentes legais), distribuídas da seguinte forma: Fundação Saúde Itaú – 126.832; Central Nacional Unimed – 47.068; Caberj – 17.651; e Unibanco Saúde – 7.909.
Pela apresentação, o custeio do plano tem se dado numa proporção aproximada de 70% por parte do banco e 30% por parte dos funcionários. Os custos com internação têm se mostrado o item que mais contribui na sinistralidade do Plano de Saúde, totalizando 54%.
As informações cobradas pelo movimento sindical ainda são insuficientes para se fazer uma avaliação completa, segundo Walmir Gomes, diretor do Sindicato de Santos e Região e funcionário do Itaú, que esteve presente na reunião.
O Itaú Unibanco reajustou em até 24,61% os valores pagos pelos bancários no plano de saúde em março deste ano. O aumento foi realizado sem negociação ou aviso prévio aos trabalhadores. O acordo coletivo que regra o plano de saúde não foi renovado ainda, sendo necessário esclarecer as questões relativas ao reajuste aplicado pelo banco primeiramente.
Demissões
Os bancários também cobraram o banco sobre as demissões que vêm ocorrendo em todo o país. O banco apresentou um quadro no qual estão sendo feitas mais contratações do que demissões.
No entanto, a realidade vivida pelos funcionários é bem diferente. As agências, de forma geral, estão com falta de pessoal. Na área operacional a situação é caótica, a ponto dos gerentes operacionais terem que cotidianamente trabalhar no caixa.
Os pedidos de demissão também têm sido grandes no Itaú Unibanco, reflexo da insatisfação destes trabalhadores com a politica do banco, com as condições de trabalho, cobrança de metas abusivas etc.
Os sindicalistas deixaram claro que irão combater todo e qualquer processo demissional dentro do banco.
Compensação
Dentro do debate sobre demissões, um ponto destacado foi a implantação do novo sistema no setor de compensação. De acordo com os representantes da empresa, existem no Itaú Unibanco cerca de 400 trabalhadores envolvidos diretamente nessa função. Com esse novo sistema, algo em torno de 20% destes funcionários precisariam de realocação, depois de um processo de requalificação.
A mudança vai gerar inclusive mais demandas nas agências, que passarão a fazer a leitura dos cheques e todos os demais procedimentos de arquivo dos mesmos.
Fita de caixa
O banco informou que serão regularizados neste mês de maio os procedimentos para inclusão da operação de soma nas fitas de caixa, bem como da inclusão da mesma quando for necessário imprimir uma cópia da referida fita.
Licença maternidade
Foi cobrado do banco que incentive suas funcionárias a usufruírem o direito de 180 dias da licença maternidade. Os sindicatos receberam denúncias de funcionárias que, ao retornarem da licença, perderam sua carteira de clientes ou foram transferidas para outro local de trabalho.
Negociações permanentes
Ficou acertado um calendário permanente de reuniões, visando tratar de outros pontos que se encontram pendentes, como, por exemplo, saúde e condições de trabalho e remuneração.
Fonte: C