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Safra, Bradesco, Itaú e BB exploram no Brasil e investem nos EUA

29 de novembro de 2022

Bancos brasileiros não têm compromissos com o desenvolvimento do país, com a economia, com o fim do desemprego e a fome que atinge milhares de famílias. Por isso, é prioritário o fortalecimento do Sindicato para defesa dos direitos dos bancários

Esses bancos estão tendo lucros líquidos de bilhões de reais no Brasil, durante décadas, demitiram em massa, fecharam agências, retiraram portas giratórias, dispensaram vigilantes, acumularam funções aos seus trabalhadores, pressionam os bancários por metas absurdas para investir e abrir postos de trabalho nos Estados Unidos.

 

A menos de uma semana após anunciar a compra do banco Alfa no Brasil por R$ 1 bilhão, o Grupo J. Safra fechou um acordo para adquirir outro ativo dos herdeiros do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, o Delta National Bank, com sede em Nova York. Em meio à ofensiva de bancos brasileiros nos Estados Unidos, com foco no público de alta renda. O valor financeiro da transação não foi revelado.

 

OFENSIVA

A transação ocorre em meio à ofensiva de bancos brasileiros nos EUA nos últimos anos. O Bradesco anunciou recentemente um investimento de mais US$ 230 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) para acelerar o seu crescimento em território norte-americano, dois anos após comprar o BAC Florida, com sede em Miami e que passou a se chamar Bradesco Bank. Em paralelo, o rival Itaú Unibanco também centralizou seus negócios norte-americanos na região, em busca de maior expansão. Enquanto o Banco do Brasil desistiu de se desfazer de sua operação nos EUA.

 

Itaú

O Itaú, por exemplo, atingiu lucro líquido de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, um aumento de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Este resultado indecente – se levarmos em conta que, fora o sistema financeiro, o restante da economia está estagnada, a miséria e a pobreza aumentaram – não se transformou na melhoria do atendimento aos clientes, com o fechamento de 247 agências físicas e redução de pessoal nas que ficaram. Também não se refletiu em melhor remuneração dos funcionários, com a redução proporcional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a dificuldade em estabelecer o valor do programa próprio de complementação da remuneração (PCR) e da Bolsa Educação. 

 

Bradesco

No Brasil o Bradesco demitiu milhares de funcionários na pandemia, fechou centenas de agências, construiu Agências de Negócios sem vigilantes, sem portas giratórias e com número reduzido de bancários. Segundo denúncias, quase todos os dias as agências têm seus autoatendimentos parcialmente paralisados por falta de numerários e manutenção dos equipamentos.

 

Alguns clientes, normalmente insatisfeitos, muitas vezes agridem os funcionários verbalmente e até fisicamente, já que não existe mais a figura do segurança para amenizar os ânimos exaltados. No Brasil, o lucro líquido do banco até o 3º trimestre já é mais de R$ 19 bilhões. Portanto, o Bradesco tem todos os meios para não demitir, não retirar seguranças de suas unidades; mas, sim, valorizar e contratar mais bancários ajudando a economia do nosso país. Mas na contramão, prefere abrir postos de trabalho nos EUA.

 

Banco do Brasil

O Banco do Brasil voltou a bater recorde semestral de lucro. De julho a setembro, o lucro líquido foi de R$ 8,4 bilhões, aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2021. Nos nove meses de 2022, o lucro líquido ajustado do BB atingiu R$ 22,72 bilhões, crescimento de 50,9% em relação ao período imediatamente anterior.

 

“O BB deixou de assistir programas sociais às famílias de baixa renda, os pequenos e médios agricultores e ser financiador do desenvolvimento do país para se destinar a atender apenas interesses de acionistas, pagar dividendos, obter lucros assediando os funcionários para cumprir metas e apresentarem resultados. O lucro sempre é saudável, mas a que custo?” Ressalta André Elias, secretário de Formação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.

 

Safra

Esse acúmulo de funções, pressão por metas também é prática no Safra, por ganância de lucros, como em todos os bancos, que não têm compromisso com o desenvolvimento do Brasil, nossa economia, o desemprego e a fome que atinge milhares de famílias.

Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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