Em diversos veículos de imprensa fora noticiado nesta 3ª feira (15/02), de que os correios abrirão licitação para se operacionalizar o “banco postal”, correspondente bancário através das agências de correios. Convém esclarecer que o correspondente bancário avilta a convenção coletiva nacional da categoria bancária, pois esta se baseia no princípio de que todo(a) trabalhador(a) que realize trabalho bancário, bancário(a) é. Entretanto, os trabalhadores que labutam nos correspondentes bancários, não têm assegurados nenhuma das conquistas que a categoria arrancou ao longo de décadas. E além disso, a população deixa de ser atendida em agências bancárias na plena acepção do termo, gerando assim uma segregação: pobres para os correspondentes e mais abastados para as agências. Segue reportagem veiculada no portal da Folha de São Paulo:
Numa concorrência de ao menos R$ 1,75 bilhão, os Correios vão abrir licitação para operar o Banco Postal, serviço que atende a população de baixa renda em cidades sem filiais bancárias, informa a reportagem de Leonardo Souza e Andreza Matais publicada na edição de 15/02 da Folha.
Há dez anos, o Bradesco atua como correspondente bancário exclusivo em postos da estatal pelo país. Nesse período, abriu mais de 10 milhões de contas.
No ano passado, o faturamento anual só com tarifas de manutenção desses correntistas foi de R$ 845 milhões –os Correios ficaram com R$ 350 milhões.
O novo contrato terá duração de cinco anos, renovável por mais cinco. A licitação deve ser concluída até julho.
Além do Bradesco, apenas o Banco do Brasil, o Itaú, o Santander e o Banrisul atendem aos requisitos da concorrência.
Fonte: B